Saúde

Equipas do Santa Maria vieram buscar ao Algarve dois doentes graves com Covid.19

Equipas do Hospital Santa Maria foram buscar no fim de semana ao Algarve dois doentes com covid-19 que necessitavam de ECMO, um dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos, anunciou hoje o Centro Hospitalar Lisboa Norte.

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“O Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte [CHULN] transportou este fim de semana dois doentes covid em Extracorporal ECMO (Oxigenação por Membrana) do Algarve para o Hospital de Santa Maria”, adianta em comunicado.
 
O centro hospitalar diz que tem capacidade para internar mais de uma dezena de doentes em ECMO em simultâneo nas suas Unidades de Cuidados Intensivos, tendo resgatado doentes de “Norte a Sul do país desde o início da pandemia, no âmbito da resposta regional e nacional do seu Centro de Referência nesta área”.
 
Segundo dados avançados à Lusa, estão hoje internados no Hospital Santa Maria 38 doentes com covid-19 em enfermaria e 10 em cuidados intensivos, quatro dos quais em ECMO.
 
O CHULN é o hospital português que tratou mais doentes covid em ECMO desde março de 2020, quando começou a pandemia, segundo o último relatório de 29 de novembro da Organização de Suporte de Vida Extracorporal, que colige dados de hospitais de toda a Europa.
 
“O Serviço de Medicina Intensiva do centro hospitalar internou, nesse período, 83 doentes covid em ECMO, provenientes de regiões diversas do país, de norte a sul, constituindo-se dessa forma num importante polo de referência no apoio à atividade hospitalar do país”, sublinha no comunicado.
 
Em toda a Península Ibérica, apenas um hospital, o Vall d’Hebron, em Barcelona, tratou mais doentes (97) com esta técnica de fim de linha, acrescenta o comunicado do centro hospitalar português.
 
Em Itália, epicentro da primeira vaga de Covid na Europa, nenhum hospital internou mais doentes em ECMO do que o CHULN e em França apenas uma unidade tratou mais doentes com esta técnica do que o Hospital de Santa Maria, salienta ainda.
 
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.551 pessoas e foram contabilizados 1.169.003 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
 
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
 
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
 
Lusa