O Município de Lagoa informa em comunicado que, «fechou o mês de março com uma redução de 27% do volume de água adquirido à empresa Águas do Algarve (ADA), para abastecimento público, comparativamente com o período homólogo de 2023, atingindo, praticamente, o dobro da poupança que a Resolução de Conselho de Ministros determina».
Depois do relatório quinzenal da ADA revelar uma redução de 22% no período de 1 a 17, a autarquia reforça que o segundo relatório do mês confirmou a tendência também na segunda quinzena, registando-se em 27% a redução de todo o mês, comparativamente com o período homólogo de 2023. Para o Município, «trata-se de uma percentagem acima do valor global de toda a região do Algarve, fixada em 18%».
Em valores reais, o volume fornecido em março de 2023 foi de 410.100 metros cúbicos e, em março 2024, foi de 300.569 metros cúbicos.
A informação foi confirmada pela entidade gestora do sistema em alta, a ADA, no âmbito do Grupo de Trabalho III – Abastecimento Público, criado para fazer face à situação de alerta na região do Algarve por motivo de seca.
A Câmara Municipal de Lagoa lembra que estão em curso no concelho, «avultados investimentos em medidas estruturantes» que vão tornar mais eficiente a gestão dos recursos hídricos e energéticos, sobretudo ao nível da renovação da rede de abastecimento e da instalação de equipamentos para controlo da pressão e das perdas de água.
No mesmo documento enviado à imprensa, «a autarquia agradece o empenho dos funcionários do município para colocar as medidas em prática e todos os esforços da população, em geral, e de todos os agricultores, hoteleiros e empresários do concelho», sublinha.
O Município informa que tem tido reuniões de trabalho com as entidades com responsabilidade na matéria e solicitou alguns pareceres jurídicos para que algumas restrições impostas na Resolução do Conselho de Ministros possam ser esclarecidas ou levantadas, nomeadamente restrições que impedem alguns setores de exercer a sua atividade, conclui.