“Pedro Proença conheceu bem a LPFP durante 10 anos e as necessidades do futebol profissional e acredito que, dada a relação que temos, vamos, sabendo eu quanto ele conhece bem as necessidades, quanto é a sua vontade de servir as necessidades que o futebol profissional precisa, em conjunto, conseguir fazer história para o bem do futebol”, disse, em entrevista à agência Lusa.
Lembrando os 10 anos que trabalhou com Proença na LPFP, o ainda presidente da Associação de Futebol do Algarve diz que não tem “nada” a apontar ao presidente da FPF e, mesmo sendo “pessoas diferentes”, acredita num bom relacionamento.
“Nesta relação futura Liga-Federação, eu estou convencido que vamos fazer história em conjunto. Eu estou convencido que, dia 11, sexta-feira, vou ser presidente de todos os clubes da LPFP. E estou convencido que, pelo conhecimento de Pedro Proença em relação àquilo que, no fundo, se pode interagir com a LPFP, vamos conseguir ter aqui uma história positiva”, afirmou.
Em relação a um futuro próximo, caso seja eleito, Reinaldo Teixeira quer uma uniformização de processos na interação entre os dois organismos, rever o protocolo que os une, assumindo ainda o importante dossiê das apostas desportivas, em que acredita que o futebol deve receber mais do que os 3,1% que lhe são atribuídos agora.
“Vamos com este espírito, com este espírito de missão, fazer coisas bonitas, coisas marcantes e diria marcar uma página na história, para que nós possamos e os nossos filhos, no futuro, recordar que foi naquela altura, com dossiês difíceis, em que todos pensavam que ia ser quase impossível que o entendimento aconteceu. Vai haver divergências? Vai, mas temos de ser capazes, com o bom senso que deve imperar, conseguir o entendimento e olhar para os interesses superiores do todo”, assumiu.
Nas eleições de sexta-feira, Reinaldo Teixeira vai enfrentar o “grande académico” José Gomes Mendes, presidente da Mesa de Assembleia Geral da LPFP, considerando-se a si como alguém do terreno, após quase 30 anos ao serviço da LPFP, primeiro como delegado e depois como coordenador desses agentes, tendo assistido a “mais de 1.500 jogos”.
“Quem me acompanha são pessoas que têm a formação e competências adequadas a cada uma das áreas que vão assumir e, por isso, a ideia, de facto, no nosso caso, é concretizar [...]. Há um ditado que a vida já me ensinou, que é o papel aceita tudo. As ideias são bem-vindas, mas depois é preciso concretizá-las. E eu acho que aí tenho alguma obrigação de me distinguir face ao meu percurso de vida e à minha história, quer na LPFP, quer no futebol profissional, quer, ao mesmo tempo, no futebol amador”, referiu.
Lusa
