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É uma pessoa carente? Veja se possui estas características

 
A carência afetiva resulta de uma infância pouco dada ao amor, aos gestos afetivos, ao carinho. O indivíduo cresce e desenvolve-se, mas carrega consigo essa marca de um vazio emocional que, se não for tratada ao longo do percurso, vai dar lugar a muitas relações falhadas, já que a pessoa só procura outra na tentativa de preencher essa lacuna.

 
Como bem sabemos, uma relação deve ser partilhada e vivida a dois, sendo que, o outro nos acrescenta, nos faz sentir melhores pessoas e mais preenchidos, não é propriamente o responsável por tudo o que nos acontece e, ainda menos, pelo que nos falta. Uma pessoa que chega à nossa vida não tem de nos dar aquilo que a infância não nos deu, mas sim partilhar o que tem para que, em conjunto, o amor ganhe mais expressão.
 
É importante sublinhar este ponto porque existe uma ideia distorcida do que é o amor e um relacionamento. Ainda há quem deposite todas as suas carências, medos e frustrações na outra pessoa e não compreenda a razão pela qual a sua relação não resultou. Não há quem suporte ser o alvo de tanta negatividade e exigência, por isso, vamos deixar-lhe as principais características das pessoas carentes para que possa fazer a sua própria avaliação e melhorar-se.
 
 
1.Obsessão pelo afeto
 
As pessoas carentes vivem o afeto de forma desproporcional e como se fosse o centro do seu mundo. Quando recebem uma expressão afetiva de alguém ficam “fora de si”, é como se isso tomasse conta de todo o seu ser. Ficam de tal forma eufóricas que, não deixam que os sentimentos fluam com naturalidade e com a beleza que merecem e necessitam. Para estas pessoas existe uma ambivalência, pois por um lado, desejam muito esse afeto e, por outro, ficam com medo de o receber, o que lhes faz disparar os níveis de ansiedade.
 
2.Tentam controlar o outro
 
Uma característica muito comum das pessoas carentes é que, quando encontram afeto de alguém, tornam-se possessivas e controladoras pelo medo da perda. Dessa forma, só vivem em função do outro e descuram tudo o resto na sua vida. Sufocam tanto a outra pessoa que, mais cedo ou mais tarde, ela vai acabar por partir.
 
3.São pessoas muito exigentes e desconfiadas
 
As pessoas carentes são muito desconfiadas, pelo que têm muita dificuldade em manter relações estáveis com alguém. A falta de terem sentido um amor genuíno na infância faz com que não acreditem nos verdadeiros sentimentos dos outros, pelo que, até nas amizades as relações são marcadas por tensão e dúvida.
 
Exigem constantes demonstrações de afeto e um perfecionismo irrealista e destruidor das relações.
 
4.Mendigam afeto
 
As pessoas carentes são muito exigentes e muito permissivas ao mesmo tempo. Se por um lado exigem demasiado do parceiro ou parceira, por outro fazem de tudo para receber uma migalha de atenção, chegando a suportar o impossível e inimaginável, tudo porque não suportam a ideia da perda e da solidão.
 
5.Sacrificam-se em excesso
 
As pessoas carentes são tão gratas por terem alguém ao seu lado que acabam por fazer os maiores sacrifícios pelo outro, perdendo muitas vezes a noção do razoável e não refletindo acerca dos seus atos. Fazem tudo o que está ao seu alcance para agradar o outro e, em muitos casos, chegam a ser gozados e abusados e mesmo vítimas de agressões, chantagem e manipulação graves.
 
6.Não confiam no outro
 
As pessoas carentes sofrem o drama do abandono e do medo de ficarem sozinhas, por isso não confiam em ninguém nem se dão com verdade.
 
7.Toleram o intolerável
 
O intolerável é qualquer forma de maus-tratos e de abuso. Infelizmente, o círculo vicioso da falta de afeto leva que muitas pessoas carentes a permitirem tal comportamento naqueles com quem acreditam ter um vínculo amoroso.
 
Importa ainda reter que, todos precisamos de amor e merecemos partilhá-lo, pelo que este deve ser o caminho e, quando não se consegue ultrapassar os traumas passados, a resposta é pedir ajuda especializada. Com o apoio de um psicólogo, é possível encontrar novas linhas de orientação para encontrar o amor em qualquer idade; num qualquer momento de vida, é preciso é sair do medo e das relações que conduzem á asfixia para se poder dar um passo em frente na resolução desses traumas e sofrimento.