Decorreu no encerramento da Feira das Línguas, a tertúlia “Línguas e Inclusão”, na qual o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) participou, a convite da representação da União Europeia.
Teve lugar em Faro nos dias 24 e 25 e contou com a presença do vogal Executivo Paulo Neves, que representou o CHUA, “não só na qualidade de maior instituição empregadora da região, que integra nos seus quadros quase quatro centenas de profissionais de nacionalidade estrangeira, mas também pelo serviço que presta a utentes provenientes dos quatro cantos do mundo”, relata o centro hospitalar em comunicado.
Destacou a representatividade dos estrangeiros no número total dos atendimentos hospitalares, dizendo que “16 % dos episódios de urgência no CHUA são utentes estrangeiros. Representam quase 60 mil atendimentos anuais, só na urgência, a utentes de mais de 150 diferentes países, na sua multiculturalidade e mesmo opções religiosas que importa garantir respeito e atenção”.
A elevada percentagem de estrangeiros levou o centro hospitalar a apostar na criação de mecanismos que quebrem as barreiras linguísticas, havendo “uma bolsa de tradutores internos, disponíveis 24h por dia” e também um trabalho de desenvolvimento de “parcerias com alguns consulados e com associações de residentes para a tradução de informação sobre os nossos serviços”. Há também a possibilidade de “tradução telefónica através da plataforma do Alto Comissariado para as Migrações”.
Foi deixado o compromisso de especial atenção às pessoas com deficiência na fala e audição, com a tradução para língua gestual, e também no uso de terminologia de conceitos clínicos, face ao leque de línguas presentes, de forma a “importe garantir melhor comunicação e redução de efeitos na relação com doentes, familiares, melhorando a humanização no atendimento”, aponta o CHUA.
O centro hospitalar recebe, em média, mil novos doentes por dia, somando aos mais de mil e cem internados e outros em consultas externas no espaço, adianta Paulo Neves.