Dicas

Dicas para uma vida plena

Dicas para uma vida plena
Dicas para uma vida plena  
Foto Freepik
Estudos recentes apontam que uma vida plena depende de uma boa saúde mental e sexual.

Numa sociedade com tanta oferta de entretenimento, tanta preocupação em exibir o “ter” em detrimento do “ser”, vale a pena questionar se o ser humano está a caminhar para a felicidade e para o encontro de uma vida plena.
 
Dispor de uma boa saúde mental implica reunir ferramentas pessoais para o desenvolvimento de uma boa autoestima, aceitação do que somos, planeamento do que podemos evoluir e melhorar em nós mesmos, fazer escolhas mais adequadas ao que somos e desejamos, envolvermo-nos com pessoas que nos respeitem na diferença e singularidade, conseguirmos expressar o que sentimos, rodearmo-nos de pessoas positivas, comunicarmos pensamentos e opiniões e sentirmos prazer; pelo menos uma hora de satisfação diária.
 
Ao mesmo tempo, é fundamental que, os adultos estabeleçam uma relação de confiança com quem amam e que desfrutem de uma boa sexualidade, uma vez que, esta área de vida inclui a aceitação e descoberta da nossa identidade, orientação, necessidades emocionais e a maneira como interagimos com os outros. Reconhecer e aceitar a nossa sexualidade é vital para cuidar do nosso bem-estar mental, pois gera um maior sentimento de identidade e autoaceitação.
 
Segundo um estudo publicado no Journal of Clinical Medicine, é comum que doenças psiquiátricas afetem a vida sexual das pessoas, apresentando sintomas que podem alterar o desejo, a excitação e a satisfação sexual. Por exemplo, sintomas de stress ou ansiedade podem levar a problemas de disfunção erétil ou falta de libido que requerem um tratamento psicológico.
 
Uma pessoa que deseja viver uma vida plena, tem necessariamente de incluir uma sexualidade gratificante e gozar de uma boa saúde mental, «uma vez que, em conjugação, esses dois fatores são determinantes para que aproveitemos melhor aquilo que somos e temos, para que nos aceitemos e consigamos envolver-nos plenamente com outra pessoa, o que sustenta a autoconfiança, ajuda-nos a gerir melhor as emoções e estabelecer contactos mais positivos nas mais variadas situações em que participamos.
 
Na intimidade, é essencial que o casal construa uma relação baseada na estabilidade, confiança, respeito, abertura, expressão emocional que se conquista com uma comunicação positiva com espaço para falar daquilo que nos inquieta, dos desejos e fantasias, planos e sonhos e para que se construa algo em conjunto.
 
Importa ainda lembrar que, o estado emocional e psicológico de uma pessoa pode influenciar-lhe o nível de desejo sexual, a capacidade de sentir excitação e satisfação e a capacidade de estabelecer e manter uma ligação emocional com quem ama. Ao mesmo tempo, quem não está bem psicológica e emocionalmente, não está disponível para abraçar o amor e ainda menos para construir algo de positivo com alguém, o que dá lugar a uma convivência tóxica e que se afasta muito da plenitude desejada.
 
Se a sua vida conjugal não está bem, confira se sofre de algum destes sintomas:
 
Apresenta algum tipo de problema de saúde mental, como por exemplo: ansiedade, depressão, transtornos bipolares ou traumas passados.
 
Sofre de baixa autoestima ou tem problemas com a sua imagem.
 
Registe que é sempre possível minimizar o impacto daquilo que nos afeta o desempenho nas mais variadas áreas e que, quando cuidamos da nossa saúde mental, tudo flui e melhora, por isso, siga estas recomendações dos especialistas:
 
Pratique o autocuidado: reserve um tempo para cuidar da sua saúde física e mental. Organize o seu dia de forma a ter tempo para praticar exercício físico, manter uma alimentação equilibrada enquadrada num estilo de vida saudável e, se gostar, pratique meditação.
 
Estabeleça limites nas suas relações. Dê respeito em troca dele e evite contactos com pessoas que o desvalorizam, desmotivam ou que não o aceitam tal como é.
 
Na privacidade, mantenha uma boa comunicação com quem ama, expresse emoções, medos, dúvidas e problemas para que possam encontrar soluções em conjunto.
 
Desenvolva habilidades que lhe proporcionem prazer tanto na intimidade, como nas demais áreas de vida e que lhe ofereçam a sensação de evolução e de aprendizagem.
 
Tente respeitar e amar o seu ser. Aceite-se tal como é, cuide carinhosamente dos seus pensamentos e melhore aquilo que não lhe faz bem. Não se prenda a ideias pré-concebidas e a opiniões que se afastam daquilo que pensa e sente e, lembre-se de que é livre para conviver com quem quiser e para amar quem lhe devolver sentimentos positivos.
 
Procure apoio psicológico se sentir que não está bem, que não consegue sentir-se como gostaria e perto daquilo que deseja. Este profissional dispõe de ferramentas que o vão ajudar a lidar melhor com problemas e a fornecer-lhe orientações para um futuro mais radioso e liberto.
 
Se a sua relação não está bem, pondere resolver os problemas que impedem esse bem-estar a dois, pois, efetivamente, a qualidade da nossa intimidade, do nosso relacionamento, são um alicerce fundamental para a nossa saúde mental e para que possamos usufruir de uma vida plena.