A Águas do Algarve entregou o estudo de impacto ambiental da futura dessalinizadora do Algarve, aguardando agora luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente para abrir o concurso para a sua construção, anunciou hoje a empresa.
Segundo um comunicado da Águas do Algarve, “a alternativa em análise desenvolve-se, espacialmente, no concelho de Albufeira” e a nova unidade de produção de água a partir de água salgada será financiadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência com um investimento de cerca de 50 milhões de euros.
De acordo com várias fontes contactadas pela Agência Lusa, a nova dessalinizadora deverá ser construída na zona da Rocha Baixinha, no concelho de Albufeira que faz fronteira com o de Loulé, mas esta localização pode ainda sofrer alguns ajustamentos, dependentes do estudo de impacto ambiental.
A dessalinizadora vai produzir 16 milhões de metros cúbicos de água doce, o que significa mais de 20% das necessidades de abastecimento público do Algarve, estimado em 72 milhões de metros cúbicos, segundo a Águas do Algarve.
O Governo anunciou no início de junho que iria propor a construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira, Algarve, e que pretendia abrir o concurso até final do ano.
“Segundo os estudos realizados pela Águas de Portugal e que serão entregues para a avaliação de impacte ambiental, o local onde vamos propor a instalação da dessalinizadora é o concelho de Albufeira”, disse o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, na Assembleia da República, em Lisboa, durante num debate sobre a água.
A partir de agora, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem um limite máximo de cinco meses para fazer a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e emitir a Declaração de Impacto de Ambiental (DIA) que permitirá avançar para o concurso de empreitada para a sua construção, explicou à Lusa fonte da Águas do Algarve.
O comunicado da empresa refere que a construção da nova unidade vai permitir “a concretização de uma alternativa capaz de garantir a resiliência do abastecimento público à população da região do Algarve, mesmo em períodos de seca prolongada, visando a garantia de disponibilidade de água para os consumos atuais e futuros”.
O projeto também irá permitir “o aumento da resiliência do sistema de abastecimento público de água para todo o Algarve tendo em conta o comportamento sazonal dos consumos verificados e o facto de a água proveniente do processo de dessalinização ir alimentar o sistema de distribuição gerido pela Águas do Algarve para servir a região”.
Lusa