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Desenvolva a inteligência emocional em 6 passos

Desenvolva a inteligência emocional em 6 passos
Desenvolva a inteligência emocional em 6 passos  
Foto - Freepik
A verdadeira inteligência está associada a uma felicidade genuína, que nos deixa orgulhosos por sermos o que somos e com o que temos, seja muito ou pouco.

Desenvolver a inteligência emocional implica respeitar-nos, enquanto que respeitamos os demais, estabelecer limites para as nossas ações e nas relações que vivenciamos, gerir as emoções, o autocontrole, a assertividade que nos ajuda a lidar melhor com as situações, o pragmatismo que suporta a nossa capacidade de analisar a vida e as situações e, acima de tudo, o autoconhecimento que permite que saibamos muito bem aquilo com que contamos em nós próprios.

A inteligência emocional é, segundo os cientistas, uma ferramenta que nos ajuda a viver com mais qualidade, mais satisfeitos, produtivos e em relações mais harmoniosas e positivas, «pelo que deveria ser ensinada nas escolas e desde a tenra idade», sugerem.

Saber ouvir o outro, compreender as emoções alheias, controlar as suas próprias emoções, saber comunicar e promover o respeito mútuo «é essencial para uma boa convivência pessoal e social», registam os entendidos, alertando também para a importância do QE – quociente emocional para proteger-nos face a manipulações e a convivências tóxicas.

«Não é mais inteligente aquele que tem um QI elevado, o que tem um trabalho melhor ou aquele que se dedica a acumular “coisas”.  Ser inteligente implica ter em conta estes requisitos:

1- Conhecer-se

Para tal, devemos começar o dia a olhar para nós mesmos, tentar planear as nossas ações em conformidade com os objetivos que estabelecemos, respeitando os nossos limites e assegurando esse respeito também por parte dos outros com as nossas ações.

À noite, faça um balanço do dia, organize-se mentalmente e planeie o dia seguinte, tendo sempre em conta a sua disponibilidade, respeito e os tais limites, pois só assim conseguirá manter a calma, a motivação, a concentração e o empenho de que necessita para enfrentar a jornada diária.

2- Equilíbrio emocional

Este ponto requer que zelemos por entender as nossas emoções, analisá-las, adequá-las e tendo o cuidado de evitar os extremos. Já diz o ditado que, no meio é que está a virtude e, essa frase faz cada vez mais sentido aos cientistas que alertam para a necessidade de sermos ponderados, justos e equilibrados. Tal só é possível quando agimos de acordo com os nossos valores e com os nossos sentimentos, sublinham sugerindo que, em situações em que caminhamos para a raiva e perto de chegar ao nosso limite, devemos saber sair do local e aguardar por um momento mais oportuno para retomar a conversa. Se é recorrente este estado na presença de algumas pessoas, é preferível mudar seja de trabalho, casa, grupo ou outro. Na família, pode sempre reduzir a frequência das visitas e manter um afastamento que lhe garanta estabilidade e bem-estar.

Antes de agir, pense, reflita e analise a situação.

3. Controle-se

Ninguém possui o poder de controlá-lo e ainda menos de controlar a sua vida além de si, por isso, assuma as responsabilidades de modo a que responda aos seus desafios, problemas e oportunidades. Não deixe em “mãos alheias” aquilo que tem de ser o leitor a decidir. Este é um recurso importante para conseguir gerir bem as suas emoções. Caso contrário, andará sempre à procura de opiniões, conselhos, autorização para fazer aquilo que é da sua responsabilidade e, quando não obtém o que pretende, revolta-se ou reage agressivamente. Haverá necessidade disso? Não. Por isso, fale o que decidir ser importante e comporte-se em conformidade com a pessoa que deseja ser, aconselham os especialistas realçando que nenhum de nós deverá permitir que alguém queira mandar na sua vida, nas suas escolhas e decisões porque essa é uma posição pessoal que deve sim ser respeitada pelos demais. Uma pessoa que depende dos outros acaba por andar sempre instável, ansiosa, desconfortável e com muita dificuldade em controlar-se.

4. Empatia

A empatia faz parte da inteligência emocional que todos conhecemos e valorizamos. No entanto, não a colocamos em prática como deveríamos. É mais fácil colocar-nos no lugar de pessoas que nos transmitem sentimentos positivos, contudo temos de lidar com quem não possui esse potencial de identificação e semelhanças. O desafio é conseguir manter a calma, o respeito e a assertividade com quem não corresponde ao que somos e defendemos. A técnica é reservar um tempo para analisar e tentar compreender o que vai na mente de uma pessoa conflituosa, intriguista ou manipuladora. Depois, é reduzir-lhe a importância e lidar com ela o menos possível, mas sempre de uma forma ponderada e respeitosa.

5- Motivação

Quando lhe faltar ânimo para realizar as suas tarefas diárias, planeie algo que lhe possa dar prazer e mime-se. Depois, tente entender o que pode estar a desencadear essa apatia ou desinteresse, pois são muitas as possibilidades, entre outras, não gostar do que faz, das pessoas com quem trabalha, não ter uma vida familiar satisfatória e daí por diante. Comece por tentar sentir-se bem consigo, por cuidar da sua imagem, mas também da sua autoestima e autoconfiança. Invista na sua formação ou aprenda algo novo com uma leitura sugestiva. Lembre-se de que, a motivação reside dentro de nós e tem de ser impulsionada mesmo quando está menos ativa. Para isso, terá de empenhar-se e enfrentar aquilo que terá de mudar para que se possa sentir melhor.

6- Habilidades sociais

Melhore a sua comunicação com os outros. Esteja disponível para ouvir e para conversar apresentando os seus pontos de vista. Cultive relações presenciais, seja assertivo e tente compreender os outros sem descurar-se. Quando chegar ao pé de um amigo, familiar ou conhecido, mostre um sorriso aberto e sincero, seja agradável e carismático, mostre disponibilidade para conversar e não corte os assuntos ou “despache” as pessoas em seu redor. Se não tiver tempo, não vá, se tem, mostre que está ali disponível, sem ecrãs ou stress, pois é nestes pequenos gestos que cativamos as pessoas: com o nosso tempo, simpatia, abertura.

Acredite que, a sua atitude dará lugar a que os outros também se comportem de modo semelhante e que seja um prazer um simples encontro. Registe que é muito positivo trocar algumas palavras nem que seja com alguém desconhecido, que nos faz bem ajudar uma pessoa que precisa, que é importante oferecer um sorriso ou uma palavra agradável. No fim do dia, teremos a sensação de conforto e que valeu a pena ter saído de casa, passado pelo trânsito, pelo aumento dos preços e por tantos desafios. O que nos torna humanos é sermos pessoas com gestos, sentimentos, emoções e disponibilidade. Reúna estes requisitos e… seja cada vez mais uma pessoa com uma inteligência emocional avançada que está pronta para concretizar diariamente os seus objetivos.