A verdadeira inteligência está associada a uma felicidade genuína, que nos deixa orgulhosos por sermos o que somos e com o que temos, seja muito ou pouco.
A ciência afirma que, possuir um QI elevado não significa necessariamente que sejamos bem-sucedidos pessoal, profissional e socialmente, que ocupemos o melhor lugar numa empresa, que tenhamos um casamento bem-sucedido e daí por diante. O QI representa apenas 20% do que somos, enquanto que o QE ocupa 80%do que precisamos ser. Nesse sentido, torna-se essencial que construamos uma boa inteligência emocional para que consigamos, acima de tudo, conviver com os outros, desenvolver habilidades pessoais que nos permitam conhecer-nos melhor e tirar mais partido do que somos e temos. É nessa base que poderemos sentir-nos mais satisfeitos com a vida e em paz interior, completam os entendidos.
Registe que, a inteligência emocional implica um trabalho diário, um querer profundo e disponibilidade que se acrescentam com estes 5 “ingredientes”:
1- Autoconhecimento
Este é um processo que decorre ao longo de toda a nossa vida e que requer que olhemos para nós, que façamos uma reflexão diária acerca do que nos aconteceu, de como lidamos com os outros e com as situações, que tiremos conhecimento para corrigirmos o que não correu tão bem e que saibamos assumir que, nem sempre temos o desempenho pretendido, mas que, no dia seguinte, seremos melhores. No final do dia, analise-se com desapego e admita as emoções que sentiu. Na manhã seguinte, prepare-se para sair de casa disposto a conhecer-se ainda mais, a estar mais liberto para as relações e para as tarefas que lhe são propostas. Use esta técnica diariamente e vá acompanhando os seus progressos.
2- Equilíbrio emocional
Coloque imaginariamente as suas emoções numa balança e pense que, não vale a pena chegar aos extremos. Procure não se deixar irritar ao mesmo tempo que não se permita ser manipulado. O ideal é o equilíbrio, nunca chegue ao limite das suas emoções. Para tal, pense antes de reagir, não diga o que pensa “a quente”, converse sobre assuntos incómodos num momento mais tranquilo e não admita que, ninguém tenha mais poder sobre si do que você mesmo, pelo que não pode descontrolar-se com o que lhe fazem. Responsabilize-se pelos seus atos, meça as consequências e encontre o meio termo para evitar os momentos de explosão. Encontre um espaço de paz dentro de si, desabafe com quem ama e, aos poucos, encontrará um lugar de equilíbrio dentro de si.
3- Empatia
A empatia é um conceito que faz parte da inteligência emocional que todos conhecemos e valorizamos. Contudo, não o colocamos em prática tanto quanto deveríamos, já que é mais fácil envolver-nos com quem nos devolve sentimentos e comportamentos positivos. No entanto, confrontamo-nos diariamente com pessoas de que gostamos menos e que também não nos apreciam e temos de aprender a conviver com elas, nem que seja o mínimo possível. Para tal, tente analisar a razão pela qual uma pessoa reagiu de determinada forma e não alimente sentimentos negativos que não o ajudam a ser quem é. Ao entender o que se passou, desapegue-se da situação e relativize-a. Encontre o conforto junto daqueles que lhe devolvem boas vibrações e valorize-se por não ter explodido com quem não foi correto consigo. Registe que, não tem de estar com muita frequência com pessoas de que não gosta. Tem o direito de selecionar, mas de incutir o princípio do respeito e, não perca de vista que, “alguém que fere é alguém que também já foi ferido”.
4- Motivação
Procure a sua motivação diária e encontre razões para levantar-se cedo, para trabalhar, para estudar, para cuidar mais de si e para não maltratar os outros. Pense na recompensa que vai dar a si mesmo após um dia de trabalho, o valor de estar em família, de partilhar um momento alegre com quem ama. Reunimos motivação quando mudamos a nossa forma de pensar e transformamos um pensamento negativo num pensamento positivo. Experimente esta poderosa técnica e verá que se torna muito mais fácil viver, conhecer-se, relativizar aquilo de que gostamos menos e evidenciar as nossas preferências. Precisamos desta força interior para prosseguir e até para conhecer-nos mais e melhor.
5- Habilidades sociais
A inteligência emocional requer que, aplicadas as técnicas anteriores, que desenvolvamos habilidades que nos ajudam a sentir-nos melhor e a viver relações mais positivas com os demais. Aprenda a gostar mais de si e a apreciar mais o mundo em seu redor. Olhe para as pessoas como seres humanos iguais a si, dentro das suas diferenças e valorize o que é e o que tem. Reúna os melhores pensamentos a seu respeito para que não precise de pensar mal dos outros e sorria! Olhe para um desconhecido, converse com um estranho ao mesmo tempo em que é capaz de trocar gestos e palavras com quem lhe é próximo. Dentro do equilíbrio que conseguir reunir, olhe para quem gosta menos com respeito e sem dar grande importância ás diferenças que possui, ao estatuto que realça e daí por diante. Seja você mesmo no seu mundo onde os outros também fazem parte.