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Descubra os pontos fracos de um psicopata

Descubra os pontos fracos de um psicopata
Descubra os pontos fracos de um psicopata  
Foto - Freepik
A ciência revela particularidades de um psicopata que, bem utilizadas, podem ajudar a proteger-nos e a lidar melhor com este tipo de personalidade.

Segundo os investigadores, as pessoas com transtorno de personalidade antissocial (ASPD) , têm medo da solidão e sofrem com o abandono por parte de quem os rodeia. Têm altos e baixos e, dentro de si, apresentam vulnerabilidades.
 
Robert D. Hare, um dos maiores especialistas em psicologia criminal e autor do livro: “Without Conscience (2003), descrve os psicopatas como frios, vingativos, manipuladores, mentirosos, e insensíveis. Perante este resumo, torna-se quase impossível que consideremos a hipótese de manter um contacto com este tipo de personalidade, no entanto, os cientistas afirmam que, se conseguirmos tirar partido das suas vulnerabilidades, podemos pelo menos evitar a gravidade das suas ações porque nos protegemos.
 
Confira então os pontos fracos e as áreas “cinzentas” das pessoas que se apresentam como muito fortes, que desvalorizam os outros, que necessitam de estar sempre em destaque, mas que, no fundo, dependem dos demais como alimento para a sua ação:
 

1. Baixa autoestima

O perfil do psicopata  distingue-se por características diagnósticas que abrangem um amplo espectro de sintomas. A maioria deles está orientada para a exploração de outros e a instrumentalização de pessoas para obter um benefício. Contudo, em muitos casos, a sua arrogância ou desejo de superioridade funcionam como uma fachada para esconder mais do que uma fragilidade, sendo que, a fraca autoestima é, desde logo, a sua grande fraqueza.
 
De acordo com uma publicação no FWU Journal of Social Science, “estes perfis apresentam uma autoavaliação negativa. Nunca estão satisfeitos consigo mesmos, têm dificuldade em partilhar as suas emoções e dependem dos outros para se validarem e reforçarem”.
 
Para nos protegermos destas pessoas, “não podemos, de modo algum, ser o combustível para o seu ego. Faça-os duvidar das suas capacidades e decisões, uma vez que, isso vai enfraquecê-los, contudo, faça-o de forma subtil para evitar que se tornem agressivos.
 

2. Necessidade de controle

Os psicopatas têm uma necessidade insaciável de poder e controle. Ao não lhes darmos informação e abertura para que nos controlem, os psicopatas acabam por ficar mais fracos e por perderem o interesse por nós, o que é positivo, já que deixamos de ser vítimas deles.
 

3. Subestimam os outros

Os psicopatas acreditam que podem fazer dos outros aquilo que bem entendem porque não possuem empatia, não conseguem incluir as emoções dos outros, muito menos aqilo que lhes provocam. A partir do momento em que não imaginam que a outra pessoa pode reagir e fazer-lhes frente, podemos sempre enganá-los com as nossas habilidades e inteligência quando menos esperam, o que pode desinteressá-los e levar a que se afastem. O importante é que valorizemos o nosso potencial e que sejamos resistentes, pois mais cedo ou mais tarde, vamos acabar por libertar-nos da pressão e do sofrimento que este tipo de personalidade nos provoca.
 

4. Medo da solidão

De acordo com um estudo da Universidade de Waikato, na Nova Zelândia, devemos pensar na psicopatia como um problema de saúde mental e não apenas como uma condição criminal. Neste sentido, é essencial que registemos a vida caótica de um psicopata, famílias desestruturadas, abusos, consumos aditivos e daí por diante. Estes perfis sofrem com um medo assustador da solidão, sobretudo porque precisam dos outros para que possam alimentar os seus planos. As pessoas em seu redor são o que os nutre e empurra para a luta; sem elas, ficam vazios, sozinhos e sem forças. Se lhes disser que, mediante um comportamento nocivo, correm o risco de ficarem sozinhos e abandonados, pode ser que o ouçam e que reduzam a sua ação agressiva, sugerem os cientistas.
 

5. Necessidade de estimulação

Estas pessoas sofrem muito de tédio quando não recebem os estímulos externos que as empurram para o que pretendem, por isso, o psicólogo J. Reid Meloy  reforçou no seu livro The Psychopathic Mind (1998), que “a procura constante de emoções fortes leva a que um psicopata se coloque em perigo e que prejudique os demais”. Para baixar-lhes a adrenalina, é fundamental que, na sua presença, assuma uma postura calma, conselheira e apaziguadora para que percam o estímulo de agredir e de agir impulsivamente. Ao mesmo tempo, se não formos o combustível dela, naturalmente que irá procurar outro centro de interesse, já que estes perfis não conseguem lidar com o tédio.
 

6. Obsessão por privilégios sociais

Os psicopatas narcisistas são os que mais precisam de  ser o foco das atenções em qualquer ambiente social. Desejam ter poder e reconhecimento em todos os contextos em que participam de modo a alimentarem a autoimagem e a identidade. Se não os elogiarmos, incentivarmos e ainda menos obedecermos ao que nos mandam, acabam por perder uma boa parte do seu poder. Contudo, é preciso fazê-lo com diplomacia para que não se irritem ou vinguem de nós, por isso, um contacto próximo é desaconselhável.
 

7. Falta de autoconsciência

O psicopata integrado é incapaz de refletir sobre o impacto do seu comportamento, uma vez que não possui autoconsciência e capacidade de avaliar as suas ações. Uma dica para lidar com eles é mostrar-lhes de forma lógica e pragmática, as consequências das suas ações. Tenha em atenção que não deve recorrer às emoções porque eles não têm capacidade de as entender. Explique-lhes que, se fizerem determinada ação, podem colher uma represália e ficar sozinhos, já que isso é o que mais os assusta.
 

8. Baixa tolerância à frustração

Uma característica dos psicopatas é a falta de regulação emocional. São mentes impulsivas, impacientes, insensíveis e que querem tudo no imediato não tendo em conta de que modo e contra quem, pois só sabem que querem aquilo. Ao não conseguirem o que pretendem, apresentam ataques de raiva equivalentes aos de crianças com 3 ou 5 anos que não sabem lidar com a frustração. Acreditam em tudo o que ouvem e querem concretizar no imediato aquilo que lhes parece interessante e capaz de criar uma imagem positiva a seu respeito. Nesse sentido, é importante que mantenhamos uma postura serena na sua presença e, sabendo que só dão importância a banalidades e a superficialidades porque não conseguem alcançar níveis mais profundos, se precisarmos de fugir, podemos enganá-los com algo fútil que certamente vai despertar-lhes a atenção.
 

9. Incapacidade de resolver problemas

O psicopata é movido por propósitos instrumentais, ou seja, deseja sempre alcançar algum benefício. Orienta-se por superficialidades e não hesita em correr riscos, até porque não consegue medir as consequências dos seus atos. Como não possui habilidades para resolver problemas, nem os mais simples que se lhe apresentam, recorre facilmente ao impulso e à agressividade. O conselho dos especialistas é que não devemos colaborar com estas pessoas, imitá-las e ajudá-las nessas encruzilhadas perigosas para que possamos proteger-nos, pois para eles, é fácil fazer qualquer coisa e correr riscos elevados que os conduzem ao crime e à condenação, mas para um cidadão comum, não é.
 

10. Medo da exposição social

O homem ou mulher com este padrão constrói cuidadosamente uma imagem pública de determinação e domínio. A ideia de ter as suas fraquezas e ineficácia expostas publicamente, constitui uma fonte de ansiedade e de tentativas sucessivas em desmentir o sucedido. No entanto, é pouco provável que, apesar dos seus intensos esforços, não acabe desmascarado, situação que os deixa em colapso. Assim, para que possa proteger-se registe tudo o que faz com ele, tudo o que lhe fornece e que pode vir a servir de prova contra ele para que, em casos de investigação, se possam apurar as responsabilidades, sugerem os entendidos nesta matéria.
 
Por fim, é importante registar que, os psicopatas constituem perfis muito complexos, pelo que, o afastamento é sempre a melhor arma para que possamos proteger-nos, mesmo sabendo que, quando querem, estas pessoas vão tentar infinitamente aproximar-se de nós, pelo que, todo o cuidado é pouco. Um recurso poderoso é nunca atacá-los, mas sim, defendermo-nos de modo inteligente. Não devemos fornecer-lhes informações pessoais e que possam comprometer-nos e ainda menos enfrentá-los diretamente. A opção por manter uma aparente tranquilidade, sem críticas diretas, mas com alguns conselhos estratégicos pelo meio pode ajudar-nos, tal como pedir apoio especializado a profissionais de saúde mental e a autoridades, se for necessário, aconselham os cientistas.
 
Se tiver de lidar com um destes perfis na família, num grupo de pertença ou no trabalho, desenhe uma estratégia adequada seguindo as orientações acima e reduza ao máximo o contacto, pois os psicopatas vão fazer de tudo para beneficiar da vossa relação em termos materiais, para manter uma imagem imaculada e para se autovalorizarem, o que traduz que, os outros em seu redor vão acabar por perder sempre esta batalha, por isso proteja-se inteligentemente.