Política

Deputados do PS questionam ministra da Saúde sobre critérios de colocação de médicos no sotavento e interior do Algarve

Deputados do PS questionam ministra da Saúde sobre critérios de colocação de médicos no sotavento e interior do Algarve
Deputados do PS questionam ministra da Saúde sobre critérios de colocação de médicos no sotavento e interior do Algarve  
Foto - gpointstudio / Freepik
Segundo o PS Algarve, o concurso de colocação de médicos de família nas unidades locais de saúde mostra que o Governo «esqueceu o interior do Algarve». Para o deputado algarvio Luís Graça, «perdeu-se a noção mínima de coesão territorial».

Em comunicado, o PS explica que os concelhos da região do Algarve localizados a norte da Estrada Nacional 125 ficaram sem vagas para a colocação de médicos no concurso, referindo que a Alcoutim, Monchique, Aljezur e Vila do Bispo junta-se ainda a exclusão do concurso os municípios do sotavento algarvio, com Tavira, Castro Marim e Vila Real de Santo António sem qualquer vaga para a colocação de médicos de família. 

«O Algarve não é só o litoral. Temos bem noção das dificuldades que existem para a fixação de médicos na região mas como diz o povo "temos que saber distribuir o mal pelas aldeias". As 17 vagas atribuídas à região pelo Ministério da Saúde estão longe de resolver o problema dos algarvios sem médico de família mas agora acresce a este problema que já era grave a exclusão dos territórios do interior que abre a porta para uma região a duas velocidades na área da saúde que não podemos aceitar», conclui Luís Graça, também presidente da federação do PS Algarve. 

Os deputados eleitos pelo Partido Socialista na Assembleia da República questionaram formalmente o Ministério da Saúde sobre os critérios utilizados no concurso para a exclusão dos municípios dos territórios do interior do Algarve onde a falta de médicos de família é uma das maiores preocupações das populações. 

Jamila Madeira, Jorge Botelho e Luís Graça querem conhecer as razões que levaram o Governo a excluir o interior do Algarve e se o Ministério da Saúde está disponível para corrigir, aquilo que consideram uma decisão injusta.