O deputado Rui Cristina pretende que o aeroporto internacional Gago Coutinho em Faro seja dotado de melhores condições para o controlo dos passageiros, seja reforçado o número de agentes e também a instalação de mais portas eletrónicas, ferramentas digitais que facilitam o controlo dos documentos, sem quebra de segurança.
Perante a extinção do Serviço de Estrangeiros e de Fronteiras (SEF) cujas funções foram distribuídas por vários organismos, e no âmbito do debate na especialidade do Orçamento do Estado de 2024, o parlamentar diz ter confrontado o ministro da Administração de Interna no sentido de o ministério que tutela "dotar do orçamento necessário para o seu cabal funcionamento os organismos de ora em diante responsáveis pelo controlo de fronteiras".
"Não são de hoje as dificuldades sentidas no aeroporto Gago Coutinho em Faro no controlo dos passageiros e para nossa vergonha, muitos dos turistas são obrigados a esperar em longas filas, um cartão-de-visita extremamente desagradável, o qual indicia falta de organização e incapacidade num setor de extrema importância como a segurança", sublinha Rui Cristina.
Neste contexto, o deputado quis saber se, no debate da especialidade do Orçamento do Estado para 2024 o PS vai aceitar as alterações orçamentais (apresentadas pelo PSD), para colmatar as deficiências no aeroporto de Faro.
Para Rui Cristina faltam investimentos em ferramentas digitais, não está previsto o aumento de agentes da PSP que irão agora desempenhar as funções policiais do SEF, referindo-se ainda ao diferendo com a ANA Aeroportos, gestora do aeroporto de Faro, quanto ao espaço a ceder, quer para os agentes da autoridade, quer para a instalação de novas E-gates (ou portas eletrónicas). "Isto porque o controlo de fronteira no Aeroporto de Faro continua a funcionar na chamada 'zona de inverno', que é exígua face ao crescente número de passageiros", sublinha o parlamentar.
"Não podemos correr o risco de haver menos segurança e ainda menos condições no aeroporto Gago Coutinho em Faro pelo impacto que tal situação acarreta no motor da economia regional, a indústria turística, bem como na notoriedade internacional de Portugal", concluiu Rui Cristina na sua intervenção.