Política

Deputado do PAN Olhão quer recuperar árvores arrancadas pelo Bernard

 
Na sequência da passagem da tempestade Bernard pelo Algarve, onde foram registadas inundações e queda de centenas de árvores, Alexandre Pereira, deputado municipal em Olhão, refere que “no atual cenário de alterações climáticas, com o agravamento dos períodos de seca extrema, aumento das ondas de calor e escassez hídrica na região, a conservação, proteção e promoção de espaços verdes em ambiente urbano é essencial."

O representante do partido Pessoas, Animais e Natureza irá apresentar uma proposta, na próxima Assembleia Municipal de Olhão, para que nas próximas semanas se comecem a plantar árvores nos locais onde estas caíram ou foram arrancadas pela tempestade, desafiando o poder local para que se vá ainda mais longe e se crie um regulamento municipal de gestão do arvoredo em meio urbano.
 
“Em abril de 2022, apresentei uma proposta, aprovada por unanimidade de todos os deputados municipais dos partidos com representação na Assembleia Municipal de Olhão, que visava a criação e implementação do Plano Estratégico Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC), criando ainda uma comissão de acompanhamento com membros/representantes desta AMO, mas, até ao momento, nada aconteceu!", critica.
 
O deputado defende que além deste plano estratégico, o município de Olhão deverá dispor de um inventário completo do arvoredo urbano existente em domínio público e privado municipal e de um regulamento municipal de gestão do arvoredo em meio urbano, cuja elaboração, segundo o artigo 8.º da Lei n.º 59/2021, de 18 de agosto, é da competência da Câmara Municipal de Olhão. "Uma das vertentes que deverá constar nestes instrumentos de gestão é a avaliação do estado fitossanitário das árvores, ou seja, o seu estado de saúde, o que implica que a gestão e manutenção do arvoredo urbano em espaço público sejam executadas por técnicos devidamente preparados e credenciados para o efeito", explica.
 
Outro mecanismo que considera importante é a disponibilização em plataforma online do inventário municipal do arvoredo em meio urbano, que permitirá que os cidadãos coloquem questões e denunciem ocorrências. "Desta forma, o município passa a estar sob escrutínio permanente e a ter que justificar perante os seus munícipes as ações que desenvolve no âmbito da gestão e manutenção dos espaços verdes, nomeadamente no que diz respeito às podas, que são em muitos casos exageradas", acrescenta Alexandre Pereira.