Política

Cristovão Norte considera "muita parra e pouca uva" iniciativa "Governo + Próximo" no distrito de Faro

 
O presidente do PSD Algarve, considera que a iniciativa "Governo + Próximo" que está a decorrer no distrito de Faro, é "essencialmente uma jornada mediática, entre reuniões, apresentações e anúncios, desenhados apenas para atenuar os danos por si causados na sua imagem reputacional".

Em comunicado, Cristovão Norte fala de um "passeio dos alegres na região, saltando despudoradamente sobre os assuntos que são essenciais para a população e que carecem das respostas que o Governo deve e pode mas não quer ou não sabe dar".
 
O social democrata refere-se à situação dos cuidados de saúde, dando o exemplo da maternidade de Portimão "que numa metade do tempo está aberta e na outra encerrada e que assim vai continuar, para infortúnio das grávidas e bebés da região; veja-se o caso do novo hospital central que coleciona anúncios mas do qual nada se sabe, nem saberá tão cedo; ou dos cuidados de saúde primários que apresentam uma carência de médicos terceiro-mundista, de sotavento ao barlavento, obrigando as pessoas a irem ao centro de saúde de madrugada para garantirem atendimento. Não menos deprimente é a situação da educação, permanecendo cerca de 5 mil alunos algarvios sem professor a pelo menos uma disciplina, sem que tal mereça uma medida".
 
No documento emitido à comunicação social, avança que a  "nota dominante" no País e na região, resume-se à inexistência de recursos humanos em todos os serviços do Estado, "onde escasseiam médicos, professores, enfermeiros, juízes e demais profissionais de justiça".
 
Sobre as acessibilidades, Cristovão Norte acusa o Governo de não cumprir a lei, ao não garantir a descida dos preços nas portagens da A22. "É que, apesar de a lei definir um desconto de 50%, o executivo socialista decidiu revogar as portarias de 2012 e 2016 que definiam o custo da portagem nesse momento, para aplicar o desconto sobre um valor de 2011, fazendo com que o desconto efetivo seja, na verdade, inferior a 35 por cento". Neste campo, lamenta também que a visita à região, não tenha servido para explicar, "porque permanecem adiadas as obras de requalificação da EN125, apesar de o Estado já ter pago mais de 70 milhões em indemnizações ao concessionário e de nem um metro de estrada ter sido requalificado entre Olhão e Vila Real de Santo António".
 
Quanto à eletrificação da linha ferroviária, critica que não tenha sido corrigido o traçado ou feita a ligação ferroviária ao Aeroporto de Faro. Passando para a habitação, recorda que "nem uma casa foi construída ou posta a arrendar não obstante os 18 programas lançados desde 2015". Pede ainda ao Governo, que desbloqueie o processo do Porto de Cruzeiros de Portimão e crie uma solução para o problema da seca "que se agrava a cada dia".