Todas as regiões do país, à exceção dos Açores, registam um índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-CoV-2 inferior a 1, representando a inversão da tendência de crescimento de infeções, anunciou hoje o INSA.
“À exceção da região autónoma dos Açores, todas as regiões apresentam a média do índice de transmissibilidade a cinco dias inferior a 1, o que indica uma inversão da tendência de crescimento da incidência de SARS-CoV-2 observada até à semana anterior”, revela o relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a evolução do número de casos de covid-19 no país.
Os dados hoje divulgados referem que o Rt - que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de uma pessoa portadora do vírus – passou de 1,05 para 0,88 em Portugal, ficando abaixo do limiar de 1, o que já não se verificava desde 08 de outubro de 2021.
Por regiões, este indicador baixou no Norte de 1,05 para 0,85, no Centro de 1,12 para 0,95, em Lisboa e Vale do Tejo de 1,00 para 0,87, no Alentejo de 1,10 para 0,96, no Algarve de 1,13 para 0,96 e na Madeira de 0,80 para 0,74, região que continua a ter o Rt mais reduzido.
Apesar da redução de 1,19 para 1,02 numa semana, os Açores são a única região de Portugal que apresenta um Rt ainda superior ao limiar de 1.
De acordo com o INSA, a média de casos diários de infeção nos últimos cinco dias sofreu uma redução significativa, passando de 46.911 para os atuais 31.558 a nível nacional.
Apesar da melhoria dos indicadores da pandemia registada nos últimos dias, todas as regiões apresentam ainda uma "taxa de incidência superior a 960 casos por 100 mil habitantes em 14 dias”, avança ainda o relatório do INSA.
A covid-19 provocou pelo menos 5,78 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.442 pessoas e foram contabilizados 3.049.692 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
Lusa