O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, admitiu hoje que os testes de despiste da covid-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios poderão voltar a ser gratuitos, se se registar um aumento dos indicadores epidemiológicos.
Em Braga, em declarações aos jornalistas à margem da sessão de encerramento do VI Congresso dos Enfermeiros, Lacerda Sales sublinhou que, neste momento, os indicadores epidemiológicos não justificam a gratuitidade dos testes.
“Se se vier a verificar que há um aumento dos indicadores epidemiológicos, com certeza que reverteremos essa medida [do fim da gratuitidade dos testes]. Neste momento, com os indicadores que temos, e com a estabilidade da situação do ponto de vista epidemiológico, não será necessária a gratuitidde dos testes”, afirmou.
Os testes de despiste da covid-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios deixaram de ser gratuitos a partir de 01 de maio, tendo em conta a "evolução positiva" da pandemia no país.
Segundo Lacerda Sales, houve “algum aumento” de casos após o fim da obrigatoriedade do uso de máscara, mas “a tendência mantém-se estável”.
O governante disse que não há “grande pressão” sobre os serviços de saúde, que a mortalidade tem diminuído e que os internamentos estão “mais ou menos estabilizados, “com ligeiro acréscimo nos últimos dias”, mas “em grande impacto e repercussão”.
No entanto, sublinhou que é necessário continuar a vigilância, porque “o vírus ainda não desapareceu”.
A mesma vigilância que aconselhou para os casos suspeitos de hepatite aguda infantil.
“Não é uma situação de alarme, mas é uma situação que a todos nos deve preocupar”, referiu.
Em Portugal foram registados seis casos suspeitos, que estão a ser monitorizados e acompanhados.
Já na sessão de encerramento do VI Congresso dos Enfermeiros, Lacerda Sales vincou a aposta do Governo no reforço do Serviço Nacional de Saúde e na valorização dos seus profissionais.
No caso concreto dos enfermeiros, disse que a prioridade será a reposição dos pontos perdidos na carreira e garantiu que o assunto estará resolvido até ao final do ano.
Lusa