A primeira edição do Congresso do Algarve de Alzheimer e Outras Demências decorreu entre os dias 27 e 28 de setembro, no auditório da Biblioteca Municipal de Castro Marim, «com casa cheia», partilha de conhecimentos de especialistas e a promessa de regressar em 2025, regista nota da autarquia.
Durante dois dias, os participantes de vários locais do país, partilharam conhecimentos e experiências das mais diversas áreas, relatando vivências do dia-a-dia das profissões relacionadas com a doença de alzheimer e outras demências.
Com um feedback bastante positivo, «o executivo do Município de Castro Marim garantiu à plateia que o Congresso do Algarve de Alzheimer e Outras Demências estaria de regresso em 2025».
Tratou-se de uma iniciativa gratuita e «única» na região algarvia, com o intuito de também assinalar o Dia Internacional da Doença de Alzheimer.
O primeiro dia do congresso, organizado pela Estrutura Residencial e Centro de Dia de Alzheimer e Demências José Cabrita em parceria com o Município e a Universidade do Algarve, contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, José Cabrita, do presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, e da diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Faro, Margarida Flores.
A iniciativa foi marcada por apresentações com os temas “Demências: Desafio Nacional”, “Neurobiologia das Demências e Importância do Diagnóstico”, “Estabilização Psicofarmacológica nas Demências, “Investigação Científica nas Demências”, “A Importância da Avaliação Neuropsicológica na Intervenção em Demências” e “Terapias Não Farmacológicas nas Demências – Projeto Brain Booth Camp”.
O segundo dia teve no seu programa temas como “A importância da Audição e Olfato nas Demências”, “A importância da Avaliação Física e Funcional nas Demências”, “Gestão da Incontinência: projeto Smart Care Identifi” e “Impacto da Demência nas Famílias”.
A sessão de encerramento contou com a vice-presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Filomena Sintra, o presidente do Secretariado Regional da União das Misericórdias Portuguesas, Armindo Vicente, e da Diretora Técnica da Estrutura Residencial José Cabrita, Iola Fernandes.
Realça a nota do município que, atualmente, Castro Marim «não é apenas uma referência na cultura e no turismo, mas também uma referência na área da demência e do alzheimer, não só pela imponente estrutura construída, a maior a sul de Lisboa, mas pelo esforço e acompanhamento científico para contribuir para um maior conhecimento na área».
Além do esforço e parceria para a construção da estrutura, a autarquia diz que, existem ainda um conjunto de intervenções públicas que podem contribuir para a redução dos fatores de risco de demência, aumentando a convicção do Município de Castro Marim que deve continuar projetos e relançar outros.
Destaca a edilidade que, ainda existe muito por fazer na área da saúde, razão pela qual, «o Município de Castro Marim entende que deve ter uma intervenção na saúde pública, através da implementação de projetos que preencham lacunas, especialmente na medicina preventiva, com a construção de parcerias com as associações e instituições particulares de solidariedade social locais».
Para isso, ao longo dos anos o Município de Castro Marim tem investido em projetos como por exemplo a Unidade Móvel de Saúde, rastreios, dinamização de programas ocupacionais, visitas culturais, Universidade do Tempo Livre, atividades na Biblioteca Municipal, um programa de apoio de aparelhos auditivos, caminhadas regulares, o programa “Ao Ritmo dos 60”, atividades na piscina, serões de acordeão, programa contra o tabagismo e de combate à obesidade, conclui.
