Sociedade

Conferência aborda conflitos jurisdicionais entre Loulé e Faro no século XVIII

CM Loulé
CM Loulé  
"Do ‘mando’ régio ao poder das Senhoras Rainhas: pleitos e conflitos jurisdicionais entre Loulé e Faro no século XVIII” é o tema da conferência “LOULÉ na linha do tempo”, apresentada por Maria Paula Lourenço, no dia 3 de maio, pelas 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé Professor Joaquim Romero Magalhães, em Loulé.

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Nota da autarquia de Loulé, explica que "sendo Faro cabeça de ouvidoria da Casa das Rainhas, pertença de um património da Família Real e, como tal, detentora de poderes, oficiais e jurisdições próprias e estando Loulé sob a alçada jurisdicional da Coroa, inevitáveis eram, ao longo dos séculos, os pleitos e conflitos entre as duas entidades administrativas: a das consortes régias e a dos monarcas portugueses".

Nesta conferência, a oradora irá abordar a forma como, através dos respetivos oficiais, "tanto a Coroa como a Casa das Rainhas, zelaram pela defesa dos seus direitos e prerrogativas, numa dupla perspetiva: as convergências, pontuais, entre as duas sedes de poder e as resistências dos poderes locais durante o século XVIII.   
   
Maria Paula Marçal Lourenço é docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde defendeu a sua tese de doutoramento, em 2000. É membro do Centro de História da Universidade de Lisboa, Académica de Número da Academia Portuguesa da História, membro do Centro de História da U-Lisboa, do Centro de Investigação Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, investigadora de referência do Instituto Universitário de “La Corte en Europa” da Universidad Autónoma Madrid, entre outros institutos académicos e de investigação.    

É autora de largas dezenas de artigos e capítulos de livros e participou em vários projetos de investigação nacionais e estrangeiros.

Recebeu, em 2005, o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian de História Moderna e Contemporânea, atribuído à obra “A Casa das Rainhas de Portugal (1640-1754)”, instituído pela Academia Portuguesa da História.