Nota da autarquia de Loulé, explica que "sendo Faro cabeça de ouvidoria da Casa das Rainhas, pertença de um património da Família Real e, como tal, detentora de poderes, oficiais e jurisdições próprias e estando Loulé sob a alçada jurisdicional da Coroa, inevitáveis eram, ao longo dos séculos, os pleitos e conflitos entre as duas entidades administrativas: a das consortes régias e a dos monarcas portugueses".
Nesta conferência, a oradora irá abordar a forma como, através dos respetivos oficiais, "tanto a Coroa como a Casa das Rainhas, zelaram pela defesa dos seus direitos e prerrogativas, numa dupla perspetiva: as convergências, pontuais, entre as duas sedes de poder e as resistências dos poderes locais durante o século XVIII.
Maria Paula Marçal Lourenço é docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde defendeu a sua tese de doutoramento, em 2000. É membro do Centro de História da Universidade de Lisboa, Académica de Número da Academia Portuguesa da História, membro do Centro de História da U-Lisboa, do Centro de Investigação Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, investigadora de referência do Instituto Universitário de “La Corte en Europa” da Universidad Autónoma Madrid, entre outros institutos académicos e de investigação.
É autora de largas dezenas de artigos e capítulos de livros e participou em vários projetos de investigação nacionais e estrangeiros.
Recebeu, em 2005, o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian de História Moderna e Contemporânea, atribuído à obra “A Casa das Rainhas de Portugal (1640-1754)”, instituído pela Academia Portuguesa da História.