Ambiente

Concentração de algas em praias do Algarve não afeta qualidade da água

Concentração de algas em praias do Algarve não afeta qualidade da água
Concentração de algas em praias do Algarve não afeta qualidade da água  
Foto - Freepik
A elevada concentração de algas verificada em várias praias do Algarve “é uma situação normal e recorrente” e não afeta a qualidade da água balnear, disse hoje à Lusa fonte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

“Trata-se de um fenómeno natural e que tem sido cada vez mais frequente devido às alterações climáticas, aos ventos e correntes marítimas de levante (sueste) e ao aquecimento da água do mar, mas não oferece perigo para os banhistas”, especificou uma fonte regional da APA.
 
A acumulação de grandes quantidades de algas tem tido maior visibilidade nos últimos dias em algumas praias rochosas dos concelhos do barlavento (oeste) algarvio: como no de Albufeira, nomeadamente a Praia de Olhos d’Água, Lagoa, Portimão e Lagos.
 
“São algas autóctones e algumas invasoras que acabam por não ter impactos na saúde nem na qualidade da água balnear. Apenas é desconfortável para as pessoas”, que queiram permanecer na praia, notou a mesma fonte.
 
O fenómeno é acompanhado pela APA, entidade que analisa diariamente a qualidade das águas balneares, não tendo sido até ao momento detetada nenhuma contaminação motivada pelas algas.
 
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Albufeira, José Carlos Rolo, disse que as praias do concelho têm registado frequentemente a presença destes organismos marinhos, nomeadamente em períodos de ventos e condições de mar de levante, fazendo a autarquia a sua remoção.
 
“Nas praias com grandes acumulações de algas, a autarquia faz a remoção para evitar os odores que resultam da secagem destes organismos marinhos”, apontou.
 
Segundo José Carlos Rolo, este pode ser um “trabalho inglório”, pois a recolha e limpeza dos areais é feita num dia “e, por vezes, no outro, verifica-se uma nova acumulação na zona de rebentação ou mesmo no areal”.
 
“É um fenómeno natural que o próprio mar se encarrega de resolver, através do movimento das marés, e nas zonas de difícil acesso, a sua decomposição no areal acaba por ser um processo natural, sem impacto na saúde pública”, realçou.
 
Segundo a APA, as algas castanhas e vermelhas, típicas dos fundos rochosos, são mais frequentes no barlavento (oeste) algarvio, enquanto a sotavento (leste) são mais abundantes as algas verdes.
 
Lusa