Como reagir nos dias de desânimo?

É evidente que, há pessoas que estão tão habituadas à falta de motivação que lhes é normal reagir à vida com uma postura negativa, triste e apática, mas de acordo com os psicólogos motivacionais, «é preciso trabalhar esse estado de alma para evitar a depressão».

 

Os mesmos entendidos clarificam que, há famílias que se fecham nas suas crenças limitantes, pensamentos negativos, comportamentos destrutivos e nem se apercebem que estão a fugir dos problemas. Passam os dias, os meses e os anos numa profunda tristeza e consideram “normal” tentar a todo o custo escapar da realidade, «mas essa postura não ajuda a desenvolver uma boa qualidade de vida e, ainda menos uma saúde mental satisfatória», explicam.

 

É também de anotar que, com os dias de desânimo, aprendemos a reagir, conhecemo-nos melhor, “testamos” a nossa força interior e a nossa resiliência. Aprendemos a analisar as situações sob diferentes perspetivas e, se aceitarmos que estamos tristes e tentarmos saber o que está por detrás desse estado de alma, conseguimos aliviar-nos, encontrar soluções para os nossos problemas e recuperar o ânimo, acrescentam os mesmos entendidos.

 

É imperioso ainda registar que, apesar da falta de motivação fazer parte da vida, não devemos alimentar esse estado de alma por muito tempo, mas sim, tentar ir ao fundo das nossas emoções e aceitar que, são elas que nos empurram para os desafios  quando estamos bem ou simplesmente condicionam-nos os movimentos quando estamos tristes. Torna-se então fundamental que reservemos alguns minutos para nós mesmos, que ouçamos o que o nosso “eu” interior nos diz e que, a partir daí, comecemos a pensar sobre o que podemos fazer para inverter a situação.

 

Muitas vezes, um desabafo com alguém da nossa confiança é a chave para subirmos uma posição nesse estado de apatia, mas em muitos casos, assumir o que se passa connosco acaba por surtir o mesmo efeito, explicam os psicólogos motivacionais.

 

Para ultrapassar os dias de desânimo, é essencial que aceite que nem sempre está feliz e motivado e que não tem de fugir dessa realidade, mas sim entendê-la. Ao mesmo tempo, deve evitar colocar-se em causa, comparar a sua vida e a sua personalidade com os outros, uma vez que isso só vai agravar o mal-estar e conduzir à baixa autoestima. Pelo contrário, deve escutar-se, cuidar-se e dizer a si mesmo que é capaz, que está a passar por uma fase complicada, mas que, a seu tempo, estará apto para prosseguir e para resolver o problema.

 

Na mesma sequência, é relevante anotar que, depois de analisar o que se passa consigo, irá fazer um plano de ação que pode ser mental ou escrito. Esse plano tem por objetivo orientá-lo para uma meta que pode muito bem ser de curto prazo, e pretende que reúna as suas forças e entusiasmo para superar uma fase negativa, aconselham os psicólogos motivacionais.

 

Por fim, tenha em mente que, fugir dos pensamentos negativos tentando preencher-se com conteúdos atrás de conteúdos também não resulta. Há pessoas que vão ao cinema, que fazem amigos, “que devoram” redes sociais, vídeos, desportos e tudo o que lhes possa ocupar o pensamento, mas efetivamente, nada disso resulta porque o problema vai permanecer e, em muitos casos, até agravar-se. O fundamental é que pare, escute e olhe, que analise, aceite e, aos poucos, vá encontrando as respostas, ainda que temporárias, para as suas dúvidas, concluem os mesmos especialistas.

 

Cuide-se, mesmo que com menos vontade, zele pelo que está à sua volta porque fazer limpeza à casa, por exemplo, ajuda muito a organizar os pensamentos, mas evite encher a mente com conteúdos que só o vão afastar temporariamente do seu foco e… assuma-se tal como é, ame-se ainda mais e acredite que, é nos dias de desânimo que encontramos as melhores soluções para os nossos problemas, porque pura e simplesmente olhamos mais para dentro de nós e sabemos melhor o que nos faz felizes!