Saúde

Comissão de Utentes do SNS manifestou-se contra o encerramento da maternidade de Portimão

 
 
A Comissão de Utentes do SNS em Portimão, realizou esta quinta-feira, mais uma concentração/vigília junto ao Hospital de Portimão.

Em comunicado, a mesma fonte refere que, "a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) anunciou 'A operação nascer em segurança no SNS 2023', encerrando maternidades. Uma delas é a maternidade de Portimão que, entre janeiro e março vai fechar 19 dias". A concentração à porta do Hospital de Portimão, aconteceu pela defesa da maternidade, sendo uma forma de impedir o seu encerramento.
 
Para a Comissão, "as mulheres, as crianças e toda a população não podem ficar reduzidos a uma maternidade no Hospital de Faro para meio milhão de habitantes. Os utentes de Aljezur e Vila do Bispo, por exemplo, ficariam a 2 horas de distância, com os riscos e os custos que tal medida comportaria".
 
"Em causa está a perda das valências de Obstetrícia e Pediatria pondo em causa os direitos das mulheres, das famílias e o progresso social, limitando o acesso à saúde e ao bem-estar, num centro hospitalar que serve os concelhos de Albufeira, Lagoa, Silves, Portimão, Lagos, Monchique e Aljezur e uma população de mais de 213 mil habitantes". Encerrar a maternidade do Hospital de Portimão não é a solução, é um crime contra as populações", critica.
 
No mesmo comunicado a Comissão de Utentes apela ao Governo, ao ministro da Saúde, e ao diretor executivo do SNS, que tomem medidas imediatas que resolvam todas estas questões a curto, médio e longo prazo. "Planos de contingência, maior articulação entre urgências e concentração de profissionais em hospitais alternados não resolvem problemas estruturais de falta de médicos no SNS".
 
Através de uma moção, é reivindicada ao Governo, a garantia efetiva do direito das crianças a nascer e terem cuidados no Hospital de Portimão, com a manutenção da Maternidade, Serviço de Obstetrícia e Pediatria, melhorando a qualidade de todos estes serviços; colocar todos os médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, e todos os outros profissionais em falta nos quadros do SNS, de forma a garantir prestação de cuidados de saúde de qualidade; recuperar e melhorar todos os serviços e valências do hospital de Portimão; construir de forma célere o Hospital Central do Algarve, de modo a dotar a região de mais especialidades; atender às justas reivindicações laborais e salariais dos profissionais de saúde, garantir o essencial da qualidade do SNS, de modo a fixá-los no Hospital de Portimão e fazer o levantamento das necessidades de cuidados de saúde da população do Algarve, com vista à apresentação de um plano integrado da reorganização dos serviços públicos de saúde, ao nível dos cuidados primários de saúde, cuidados hospitalares e cuidados continuados integrados, envolvendo na sua definição os contributos dos utentes, dos profissionais de saúde e das autarquias.