A União das Freguesias de Faro volta a recriar de 29 de maio a 2 de junho, no Espaço Muralhas e no Largo D. Afonso III, na Cidade Velha, um mercado secular e de grande importância para Faro que ocorria desde o século XIII, denominado de Alcaçarias.
Este mercado de cariz medieval e islâmico com mais de 700 anos de história, e de entrada livre, tem um horário compreendido entre as 17h00 e as 24h00. Ao longo do recinto, que este ano ocupa já algumas artérias da Cidade Velha, para além do Espaço Muralhas, estão previstos alguns apontamentos artísticos e culturais, com bailarias islâmicas e medievais, cuspidores de fogo, malabaristas, faquires e espetáculos musicais.
O visitante também pode desfrutar de duas áreas de gastronomia, bem como vendedores de artesanato regional e islâmico, antiguidades, bijuteria, ourivesaria e produtos endógenos e regionais.
Nota divulgada lembra que, após a conquista de Faro em 1249, D. Afonso III, com receio que os mouros criassem bolsas exteriores de resistência, permitiu a sua fixação nos arrabaldes da cidade. Essa área concedida chamava-se Mouraria e aí os árabes criaram uma zona de mercados diários (as alcaçarias) que ganharam grande importância económica a nível local, para árabes, judeus e cristãos. Era nestes mercados onde estes três povos podiam conviver e efetuar as suas trocas comerciais e as alcaçarias foram ganhando cada vez mais importância até que no reinado de D. Manuel I, estes mercados já eram considerados o grande centro mercantil de Faro.
