Os deputados Pedro Pinto e João Paulo Graça, estiveram no concelho de Silves dando continuidade à iniciativa "Algarve Tour", que consiste em visitar todos os concelhos do Algarve.
Neste âmbito, nota do Chega adianta que a visita ocorreu no passado dia 22 de abril, no quartel dos Bombeiros de São Bartolomeu de Messines, no posto da GNR de Silves e na Santa Casa da Misericórdia de Silves. No mesmo dia, os deputados participaram também em reuniões de trabalho com algumas associações algarvias ligadas à agricultura, como produtores de frutos, criadores de gado e produtores de vinho.
O deputado Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega e o deputado João Paulo Graça, 1º vice-presidente da 7ª Comissão da Agricultura e Pescas, foram acompanhados pelo presidente da concelhia do Chega de Silves, Tieres Neves, pelo presidente do conselho de Jurisdição Distrital, José Paulo Sousa e por alguns militantes do concelho.
No quartel dos Bombeiros de São Bartolomeu de Messines, foram recebidos pelo comandante Fábio Neto e pelo vice-presidente Rui Vieira. Segundo o partido, o quartel é antigo e aguarda autorização de verba para ser requalificado, ainda assim, "viam com bons olhos a construção de um novo quartel", lê-se na nota.
Segundo o Chega, a corporação tem cerca de 80 bombeiros (51 profissionais e 30 voluntários), dos quais 20 são do sexo feminino. Os 30 veículos disponíveis na corporação "estão em ótimo estado de conservação dado o grande empenho de todos. Sendo que o mais moderno tem cerca de 20 anos e o mais antigo 45". Os vencimentos são a maior dificuldade da direção, cujos vencimentos são pouco atrativos para recrutar mais elementos para a corporação. Queixam-se ainda do tempo que as ambulâncias estão retidas nos hospitais em virtude da falta de macas (normalmente 4 horas, o dobro do tempo estimado).
No quartel da GNR de Silves, os representantes do Chega foram recebidos pelo comandante Territorial de Faro, coronel Carlos de Almeida.
Segundo o partido, o comandante relembrou que houve um esvaziar de militares nas patrulhas, já que alguns foram afetos ao GIPS, investigação e AIMA, "pelo que as patrulhas são feitas com muitas dificuldades". Em termos de viaturas, há casos em que "passam períodos superiores a 2 anos sem receberem nenhum veículo e, muitas vezes, os que recebem não são os indicados para o serviço". Outro dado, prende-se com as reparações "que são muito complicadas, uma vez que as oficinas não se mostram muito disponíveis para a reparação dos veículos, por saberem a dificuldade que têm para receber o pagamento dos serviços". Sublinhou ainda "a grande burocracia" para abater uma viatura.
O comandante reconheceu que a prioridade no Algarve passa pela rápida construção dos postos de Aljezur e Monchique, "que a ter em conta a experiência da Vila do Bispo a espera foi de cerca de 12 anos", regista o Chega.
Falou ainda da construção do novo quartel de comando territorial, que não está determinado se será construído em Faro ou em Loulé. Em termos de criminalidade aponta o crime contra o património como o mais relevante na região, seguido da condução sem habilitação ou sob o efeito de álcool.
Na Santa Casa da Misericórdia, os parlamentares foram recebidos pelo provedor Luís Santos, vice-provedor António Guerreiro, financeiro Nuno Silva e pela diretora técnica Ana Arez. A instituição é a mais antiga do concelho e presta serviços da 1º infância à 3ª idade, incluindo apoio domiciliário. Conta atualmente com 152 trabalhadores e 23 avençados, onde se inclui um médico, enfermeiros e fisioterapeuta. Uma das maiores dificuldades é o recrutamento de pessoal técnico, "que muitas vezes têm de disputar profissionais com as empresas turísticas, como hotéis e restaurantes, e como estes tem uma maior capacidade para pagar melhores vencimentos os profissionais optam pela hotelaria", adianta o documento do partido.
Na reunião com os agricultores, o Chega diz que compareceram cerca de meia centena de profissionais de todo o Algarve, mais predominantemente da zona da Guia, Algoz, Messines e Silves.
Entre as questões que foram abordadas, o destaque foi para o problema da água, que dizem não aceitar que o corte no consumo na agricultura seja de 44% e no turismo de 15%. Falam da grande dificuldade em comunicar com o Ministério da Agricultura, "que deveria ter um único interlocutor e não instituição atrás de instituição". Criticaram ainda a Agência Portuguesa do Ambiente pela falta de meios humanos para fiscalizar, admitindo que a mesma está "super politizada". Referiram que a empresa Águas do Algarve "não sabe da percentagem dos desperdícios", descreve o Chega na nota divulgada à comunicação social.