Num ofício enviado às famílias, a provedora da Santa Casa, Patrícia Seromenho, diz que "foram feitos todos os esforços para recrutar educadoras de infância ao longo de 2023 e 2024, o que se manifestou como uma tarefa impossível, dada a falta de profissionais nesta área para a quantidade da oferta, que é tanto no público, como no privado e no setor social".
A provedora adianta que a situação piorou a partir de outubro de 2023, com a decisão do Ministério da Educação, "com o reconhecimento do tempo de serviço de educadoras de infância, como no serviço docente, permitindo que estes profissionais concorressem para vagas no ensino público". Por outro lado, a responsável sublinha que "a gratuitidade e a medida 'creche feliz', também contribuiu para o aumento do número de salas no País, absorvendo um maior número de educadoras, não sendo acompanhado pelo número de licenciados que saem das universidades e que promovem uma concorrência desenfreada no setor privado".
Face ao problema, a Santa Casa diz que o recrutamento tem estado aberto, sendo que o número de candidaturas é praticamente nulo. A instituição alega que já recorreu a várias entidades, desde o IEFP, ao Município, universidades e inclusive à Secretaria de Estado da Segurança Social, mas sem sucesso. É neste cenário de incerteza que está prevista uma concentração de pais junto à Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, na segunda-feira, 2 de setembro, pelas 9h00, para exigir respostas e soluções para as famílias que não têm onde deixar os filhos.
