Saúde

Centro Hospitalar do Algarve passa a assegurar consultas de especialidade em centros de saúde

 
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) começou hoje a assegurar consultas de especialidade no Centro de Saúde de Aljezur ao abrigo de um projeto de descentralização que vai abranger outros concelhos do distrito de Faro.

O projeto “Consultas Descentralizadas - CHUA +Proximidade” arrancou em Aljezur com a consulta de Pediatria, sendo que o centro hospitalar prevê alargar as consultas às especialidades de Medicina Interna, Ginecologia e Cirurgia Geral, disse à Lusa a presidente do conselho de administração do CHUA.
 
Segundo Ana Varges Gomes, o objetivo do projeto “é manter os cuidados médicos de especialidade mais perto das pessoas, evitando assim que tenham que se deslocar aos hospitais” que integram o CHUA, ou seja, Faro, Portimão e Lagos.
 
“A ideia é também integrar cuidados da Medicina Geral e Familiar com a da medicina hospitalar, em locais distantes dos hospitais e onde as pessoas têm mais dificuldades de deslocação”, apontou aquela responsável.
 
De acordo com Ana Varges Gomes, depois de Pediatria, “vão seguir-se as outras especialidades, de acordo com um calendário que está elaborado, havendo um dia específico por mês para cada uma das especialidades médicas”.
 
Segundo a médica, todas as semanas haverá “especialidades diferentes, o que permite também aos colegas discutir outros doentes e tirar dúvidas”, sublinhou.
 
Aquela responsável adiantou que o CHUA pretende estender a descentralização de consultas de especialidade, ainda durante o mês de junho, ao Centro de Saúde de São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves, seguindo-se Albufeira e Tavira.
 
“Vamos estendendo o serviço à medida que vamos tendo disponibilidade, nomeadamente, de instalações”, notou.
 
Ana Varges Gomes disse ainda que a falta de médicos especialistas no centro hospitalar algarvio não afeta o projeto de descentralização de consultas de especialidade.
 
“Digamos que é um rearranjo do trabalho das pessoas, porque a maioria destes utentes já eram seguidos no hospital e, portanto, faziam parte das agendas dos médicos”, referiu.
 
Agora, acrescenta, “o que se faz é concentrar todos os doentes num só dia e em vez de irem ter com o médico, vai o médico ter com os doentes”.
 
“No fundo, este dia de consulta com o médico já estava estipulado, passando a ser só uma questão de rearranjar agendas e otimizar tempos”, concluiu.
 
Lusa