Perante o agravamento da situação relacionada com a mortalidade de amêijoa-boa na Ria Formosa, e embora ainda não sejam claras as causas, a Comissão Coordenadora da CDU de Olhão, defende que sejam dadas respostas urgentes aos problemas dos mariscadores e viveiristas.
Para a CDU, embora seja importante a atribuição de fundos para minimizar o impacto da perda de centenas de viveiristas, "são necessárias medidas concretas de proteção da produção de bivalves, garantindo a sua qualidade e sustentabilidade, enquanto se defende a ria".
A CDU lembra em comunicado, que é conhecida a importância que a atividade do marisqueiro, com os seus métodos artesanais, tem para a defesa da própria ria e da proteção das espécies que lá habitam, nomeadamente da amêijoa-boa, "sendo premente medidas que evitem o desaparecimento desta cultura".
Diz ser indispensável, "a luta pela defesa da Ria Formosa e das suas ilhas barreira, da produção de bivalves e a harmonia entre todas as atividades que aqui se desenvolvem e o ecossistema", pelo que irá prosseguir a sua ação com o propósito da defesa do Parque Natural, "muito importante para o concelho de Olhão mas também para todos os concelhos onde se insere o sapal".
A coligação recorda que tem vindo a intervir nos últimos anos junto dos mariscadores e viveiristas de Olhão, na defesa da sua atividade, pelo direito a produzir em harmonia com a natureza e atuando na defesa da Ria Formosa, mas constata que a intervenção não tem tido resposta, "quer pelas autoridades locais, nas matérias que lhes são competentes, quer pelas autoridades centrais, recusando agir pela garantia da qualidade da água, pondo fim às descargas de esgotos para a Ria Formosa, ou avançando com o desassoreamento das barras, permitindo uma maior renovação das águas".
Em conclusão, critica que "não é suficiente apregoar a defesa do ambiente, quando se prossegue uma política que prejudica um dos mais exclusivos ecossistemas do País".