Em comunicado, lembra que o Centro Oncológico do Sul deveria estar concluído até ao final de 2024, «permitindo que milhares de doentes recebessem tratamento na região, evitando deslocações para Lisboa ou Sevilha». «No entanto, devido à falta de competência e à total ausência de planeamento, o projeto continua sem sair do papel».
O centrista diz que a Câmara Municipal de Loulé, que inicialmente cedeu o terreno para a construção, «surge agora como o maior obstáculo ao avanço da obra», alegando irregularidades no projeto da Unidade Local de Saúde do Algarve (ULS). Acusa ainda o autarca de Loulé de «tentar lavar as mãos da questão, culpando terceiros e utilizando desculpas “ridículas” para justificar a sua incapacidade de resolver o problema».
Adianta que o está em causa é um excesso de 900 metros quadrados de construção – «um problema técnico que poderia e deveria ter sido solucionado de forma célere e eficaz» com o executivo socialista de Loulé, «a preferir empatar o processo, protelando uma infraestrutura que pode salvar vidas».
«O que estamos a assistir é um atentado à dignidade dos doentes oncológicos da região, que continuam sem acesso a cuidados especializados próximos das suas casas, tudo porque a Câmara de Loulé prefere entraves administrativos em vez de soluções concretas», considera.
Rodrigo Borges de Freitas critica ainda o anterior Governo socialista por ter prometido financiamento e apoio para realizar a obra, «mas deixou um rasto de vazio: não há terreno definido, não há projeto executado e os fundos anunciados não existem na totalidade».
Deste modo, exige que a Câmara de Loulé «resolva de imediato a questão do licenciamento, acelerando o processo de revisão do Plano de Pormenor, como já deveria ter feito há meses, que a Unidade Local de Saúde do Algarve reveja e ajuste o projeto para garantir que cumpre todos os requisitos necessários, sem mais atrasos e que o Governo esclareça, de forma inequívoca, onde estão os fundos prometidos e que medidas vai tomar para garantir que esta infraestrutura avança sem mais entraves.»