O líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Portimão, Carlos Gouveia Martins, reagiu num comunicado, ao anúncio da saída de Isilda Gomes da presidência da Câmara de Portimão, para integrar a lista de candidatos às eleições Europeias de 9 de junho, pelo PS.
Para Carlos Gouveia Martins, "a suspensão do mandato anunciada nas vésperas de uma sempre importante eleição europeia sugere uma manobra política calculada, não alinhada com os melhores interesses de Portimão, colocando em risco a estabilidade autárquica local e a continuidade dos projetos municipais em curso, indicando um potencial desinteresse pelas consequências locais de tais decisões políticas".
Sobre a transferência de responsabilidades para Álvaro Bila, anterior vice-presidente, entende que, "este movimento precipitado pode ser interpretado como uma falta de respeito pelo planeamento estratégico e políticas públicas responsáveis, que são cruciais para a administração pública eficaz".
O deputado municipal refere que "optar por suspender o mandato para procurar a sorte noutro cargo político pode ser visto como um ato de oportunismo", considerando que a população de Portimão "merece ser informada de maneira clara e direta sobre decisões que afetam diretamente a gestão da sua cidade, especialmente quando envolvem mudanças na liderança".
Defende que "a pressa em nomear um sucessor sem um debate público adequado ou avaliação das suas competências sugere uma falta de consideração pelos processos democráticos e pelas necessidades reais de Portimão".
No documento emitido à comunicação social, Carlos Gouveia Martins vê na suspensão do mandato de Isilda Gomes, "uma estratégia para posicionar um possível candidato às próximas eleições autárquicas de 2025, manipulando o cenário político sem um mandato claro conferido pelos eleitores portimonenses em urna", criticando que se tratou de uma transição "mal planeada".
