O Município de Castro Marim viu recentemente a sua candidatura ser aprovada para acesso a um fundo monetário que irá contribuir para várias intervenções de valorização do Castelo.
O valor deste fundo irá apoiar a reabertura da porta Este da Cerca da Vila do Castelo de Castro Marim, uma vontade do Município já com vários anos e que pretende que o produto final corresponda ao desenho original da muralha, criando assim um novo acesso e preservando o património e a sua identidade.
Esta operação, que tem um volume de investimento previsto de um milhão de euros e que será apoiada através da estratégia “Rede de Fortalezas Alentejo e Algarve”, do concurso dos Investimentos Territoriais Integrados de Redes Urbanas, em cerca de 538 mil euros, tem como objetivo consolidar e reabilitar aquele monumento nacional.
Segundo explica o Município num comunicado, "a obra irá contribuir para a melhoria da sustentabilidade do equipamento, reforçar a zona amuralhada, recobrir a área de escavações arqueológicas descobertas, criar um circuito de visita e melhorar as condições de acessibilidade e de segurança dos visitantes".
Outra das intervenções passa pela primeira fase do desenvolvimento de conteúdos e a criação do Centro de Interpretação de Ordens Templárias e Ordem de Cristo, devido à importância desta ordem militar na história do país e da vila de Castro Marim.
Numa primeira fase serão desenvolvidos os seus conteúdos, através de pesquisas, estudos, estado da arte e publicações, com o objetivo de consolidar e dinamizar o Castelo, difundindo a ligação histórica do concelho a este tema. Esta intervenção tem um volume de investimento previsto de cerca de 195 mil euros e será apoiada em cerca de 117 mil euros.
Esta candidatura faz parte da Rede Urbana de Fortalezas do Alentejo e Algarve, alinhada com a Estratégia Algarve 2030, que pretende que a cultura, a preservação e valorização do património constituam focos primordiais de desenvolvimento, contribuindo para a competitividade, qualificação do destino turístico e afirmação regional.
O apoio destina-se a ações de natureza material e imaterial como ações de conservação e restauro, criação de novos produtos turísticos, reforço das condições de acessibilidade, melhoria das condições técnicas e promoção e divulgação das fortificações.
A proposta de Estratégia “Rede de Fortalezas Alentejo e Algarve” foi apresentada pelo consórcio liderado pelo Município de Elvas que integra também os centros urbanos do Município de Castro Marim, Portalegre, Alcoutim, Reguengos de Monsaraz, Mértola, Beja, Campo Maior e Nisa.
O Município de Castro Marim lembra no documento, que há mais de 40 anos tem vindo a tentar desbloquear uma intervenção estruturada no Castelo, reconhecido como Monumento Nacional desde 1910, "que tem necessidade de uma urgente e consolidada intervenção", alerta.