Na cerimónia de assinatura, que teve lugar no edifício Al-Faghar, em Portimão, Álvaro Bila explicou que a autarquia cede o terreno de 30 mil m2 para a execução da obra, que deverá estar concluída no final de 2028. O autarca assegurou que o próximo passo é lançar o concurso do projeto no valor de 360 mil euros, que será suportado pelo Município. Sobre o prazo de conclusão da empreitada, o edil referiu que "temos de cortar etapas e trabalhar muito para conseguirmos que seja uma realidade. Este projeto beneficia de apoios do programa Algarve 2030, portanto, vamos ter de o concluir até lá, e a data que definimos é até final de 2028 e é para cumprir, para podemos dizer que a nossa juventude vai poder continuar a estudar em Portimão", sublinhou.
Nesta fase, a autarquia e a CCDR Algarve estão a trabalhar em conjunto no Plano de Pormenor. Em complemento, o Município prevê construir no mesmo lote, uma creche, lar e piscina municipal.
O Reitor Paulo Águas falou de uma obra que é necessária para a região, "neste momento, o polo de Portimão da universidade tem um número reduzido de estudantes (cerca de 400). Sentimos que não estamos a servir de igual forma todo o Algarve, é verdade que tem de haver centralidade, mas também tem de haver alguma escala". Com a universidade em Faro, Paulo Águas explicou que grande parte dos estudantes dos concelhos do Barlavento são deslocados, e que senão existirem alternativas, estes jovens não têm acesso ao ensino superior, "o que verificamos é que há uma enorme assimetria entre os estudantes que concluem o ensino secundário nos concelhos de Portimão, Lagos, Silves e Lagoa, e os estudantes que terminaram o secundário nos concelhos limítrofes de Faro, em que a sua presença na Universidade do Algarve é completamente diferente, porque uns conseguem fazer movimentos pendulares e continuam nas suas casas, e outros não, nomeadamente os estudantes do Barlavento".
O Reitor diz que há a ambição de chegar aos 1500 estudantes no Campus Universitário de Portimão, que dará atenção à área das tecnologias. Apesar de reconhecer que a dotação do Algarve 2030 é insuficiente, Paulo Águas diz contar com o Município e com a tutela para que o projeto seja uma realidade em 2028.
