Ambiente

Câmara de Loulé preocupada com "danos reputacionais" causados pela interdição de praias

 
A Câmara de Loulé está preocupada com “danos reputacionais” para o concelho causados por uma avaria numa estação elevatória, tendo solicitado explicações urgentes à Águas do Algarve sobre a situação, que levou à proibição de ida a banhos.

“A Câmara Municipal de Loulé solicitou hoje mesmo uma reunião de urgência à administração da Águas do Algarve, a fim de que lhe sejam dadas explicações sobre a origem da avaria e que medidas tenciona aquela empresa tomar para que não se repitam ocorrências futuras, causadoras de danos reputacionais absolutamente evitáveis”, lê-se num comunicado enviado às redações.
 
A nota começa por referir que, através do dispositivo municipal de gestão e vigilância das redes de saneamento, foi detetada uma avaria na Estação Elevatória (EE2) da Águas do Algarve localizada no Passeio das Dunas, em Quarteira.
 
“A autarquia contactou de imediato a empresa Águas do Algarve, que providenciou a reparação da avaria, cessando assim a descarga de águas residuais”, assegura o executivo municipal.
 
De acordo com o comunicado, na sequência do sucedido, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “desaconselhou”, a partir de hoje, o banho nas águas balneares de Vilamoura e Quarteira, “como medida de salvaguarda da saúde dos banhistas”.
 
As bandeiras vermelhas estão içadas desde hoje de manhã nas duas praias devido a uma possível contaminação com águas residuais na Marina de Vilamoura, tinha revelado à Lusa o comandante da Capitania do Porto de Faro.
 
Segundo Mário Figueiredo, a decisão foi tomada depois de ter recebido uma comunicação da APA a dar conta de que a EE2 realizou uma descarga de águas residuais na Marina de Vilamoura, uma conhecida estância balnear de Quarteira.
 
“Estamos perante uma potencial contaminação da água [para banhos], daí termos içado as bandeiras vermelhas”, disse Mário Figueiredo, referindo-se às praias a leste e a oeste da barra da marina.
 
Segundo a autoridade marítima, a APA “desaconselhou a prática de banhos nas praias contíguas”.
 
O comandante aguarda pelas análises à água que a APA está a realizar, antes de voltar a autorizar o banho aos vários milhares de pessoas que se encontram de férias na região.
 
Lusa