Ambiente

Câmara de Loulé e ANP|WWF lançam projeto para criação de aldeias resilientes aos incêndios

 
A ANP|WWF e a Câmara Municipal de Loulé lançam o projeto “Restauro de Serviços de Ecossistema”, onde vão promover o aumento da resiliência e diminuição do risco de incêndio rural em cinco aldeias no interior do concelho: Águas Frias e Sarnadas (Freguesia de Alte), Cortinhola e Amendoeira (União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim), e Vermelhos (Freguesia de Ameixial).

Nestas aldeias, será desenvolvido um conjunto de ações dirigidas à redução desse risco, e em simultâneo à conservação da biodiversidade e valores naturais locais. "Nestas ações inclui-se a limpeza de matos e redução de biocombustível, a diversificação das espécies de árvores e arbustos presentes (incluindo a plantação de espécies autóctones), a compartimentação em mosaico dos povoamentos vegetais existentes, a eliminação de espécies exóticas invasoras, entre outras ações a acordar com os proprietários rurais", explica nota emitida pelas duas entidades. 
 
No âmbito do projeto, serão organizadas sessões públicas com os proprietários nos próximos dias 11 e 12 de setembro, de forma a identificar terrenos circundantes às aldeias onde estas ações possam ser implementadas.
 
As ações deverão decorrer em 2025 com financiamento direto da Câmara Municipal de Loulé. “Procuramos, assim, suprir o facto de, no atual Programa de Transformação da Paisagem Nacional, apenas a freguesia de Salir ser elegível para os chamados "Condomínios de Aldeia". Com o apoio técnico da ANP|WWF, criámos por isso o nosso próprio programa de "Aldeias Resilientes", alargado a todo o interior do concelho”, explica Carlos Carmo, vereador da Câmara Municipal de Loulé.
 
“Quando falamos de restauro ecológico da paisagem, a vontade política é da mais elevada importância pois, só em conjunto com as autarquias, conseguimos implementar ações no terreno que façam realmente a diferença no que diz respeito à conservação dos ecossistemas e da nossa biodiversidade, envolvendo as comunidades locais”, afirma Afonso do Ó, especialista em água, clima e restauro da ANP|WWF, uma das maiores e mais respeitadas organizações independentes de conservação do mundo, com mais de 5 milhões de apoiantes e uma rede global ativa em mais de 100 países.