Saúde

Câmara de Loulé condena "atitude inadmissível" do Conselho de Administração do CHUA

 
A Câmara Municipal de Loulé diz não ficar indiferente, face aos últimos desenvolvimentos sobre a posição tomada pelo Conselho de Administração do CHUA em levar, pela segunda vez, o presidente do ABC à barra do tribunal, depois de o Ministério Público ter decidido arquivar uma primeira queixa por falta de qualquer indício criminal.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Loulé manifesta apoio a Nuno Marques, referindo que tem sido reconhecido pelo seu trabalho, "não apenas localmente, como nacional e internacionalmente" e lembra que foi através do ABC, que saíram as primeiras estratégias e estudos científicos "para melhor conhecer e controlar a propagação do vírus da Covid.19 na comunidade e que foi com propostas e colaboração do ABC que a linha SNS 24 aumentou significativamente a sua capacidade de resposta em todo o país".
 
A autarquia regista ainda que, "partiu também do ABC a iniciativa de implementar as primeiras técnicas de pooling para otimizar o número de testes realizados à Covid-19, tendo sido ideia da mesma entidade, o desenvolvimento das abordagens inovadoras e de resposta muito eficiente para monitorizar e controlar a pandemia em lares de idosos no Algarve e Baixo Alentejo".
 
No comunicado, a Câmara fala de uma "atitude inadmissível e persecutória do Conselho de Administração do CHUA, visando acima de tudo afastar a continuidade do Dr. Nuno Marques à frente do ABC, colocando em causa os compromissos assumidos entre esta instituição e o município de Loulé, por via da parceria estratégica celebrada, em maio de 2018, para a construção de dois projetos nas áreas das Ciências Biomédicas e do Envelhecimento, fundamentais para a afirmação da região do Algarve numa área tão sensível como é a inovação e como são igualmente as biociências e a investigação científica e onde o município já investiu recursos assinaláveis".
 
Em conclusão, a autarquia condena a tomada de posição do Conselho de Administração do CHUA contra o responsável do ABC, afirmando que, "ao invés do reconhecimento do seu trabalho bem como do apoio e incentivo à sua continuidade para levar mais longe o nome do Algarve e das suas instituições, recorre de forma fanática e obstinada ao expediente da barra do tribunal para colocar em causa não apenas o seu nome mas também todo o seu trabalho em prol do Algarve".