Política

Cabeça de lista do Bloco por Faro dedicou dia à Saúde no Algarve

 
A última semana de campanha do Bloco no Algarve arrancou com foco na Saúde.

José Gusmão, eurodeputado e candidato do Bloco por Faro às eleições legislativas, reuniu com o Sindicato dos Enfermeiros, a administração da Unidade de Saúde Local do Algarve (ULS), a Associação de Saúde Mental do Algarve (ASMAL) e com o centro coordenador para o envelhecimento ativo, tendo ouvido queixas sobre a falta de profissionais, necessidades de financiamento e lacunas na formação. A delegação do Bloco de Esquerda, incluiu Catarina Martins, Guadalupe Simões, Sandra da Costa e João Afonso.
 
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses exigiu a valorização da carreira dos profissionais. Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros e segunda candidata na lista do Bloco de Esquerda por Faro, disse que a "região do Algarve é a mais carenciada do país e precisa de profissionais de saúde com formação especializada e com condições de trabalho dignas que permitam a fixação destes profissionais no SNS e especificamente na região do Algarve. A valorização dos enfermeiros e repensar o seu papel nas organizações para aprofundar o SNS está no topo das nossas prioridades." José Gusmão acrescentou que "é fundamental incluir os atuais assistentes operacionais na carreira dos técnicos auxiliares de saúde".
 
Numa reunião com a administração da ULS do Algarve, o Bloco diz que foi afirmada a intenção de internalizar os meios complementares de diagnóstico e análises, contando para isso com a criação de dez centros de diagnóstico em outros tantos centros de saúde, ao mesmo tempo que foi denunciada a falta de profissionais em algumas especialidades. Para José Gusmão, "a promessa de António Costa de médico de família para todos os portugueses está muitíssimo longe de se cumprir no Algarve e a situação em muitas especialidades é gravíssima. Faltam de dezenas de médicos." A administração reiterou que a construção do novo Hospital do Algarve não retira dimensão e importância aos hospitais de Portimão e de Lagos.
 
Na visita à Associação de Saúde Mental do Algarve, a comitiva reconheceu a importância da instituição na reintegração dos utentes no mercado de trabalho. O processo é realizado com acompanhamento de profissionais qualificados e em articulação com o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Um serviço que decorre há 33 anos numa região com particular incidência dos problemas de saúde mental.
 
O cabeça de lista por Faro que também acompanha de perto as políticas sobre saúde mental e deficiência no Parlamento Europeu, afirmou que o partido continuará a apresentar propostas para melhorar as condições de vida independentemente de quem tem problemas de saúde mental ou algum tipo de incapacidade. "E faremos essas propostas em colaboração com as próprias pessoas afetadas. Exigiremos respostas locais, como no que concerne à pedopsiquiatria, área na qual apenas existe um especialista no Algarve".
 
O Bloco de Esquerda visitou ainda o centro coordenador para o Envelhecimento Ativo, um projeto público que tem como objetivo a qualidade de vida após os 65 anos, para contrariar os atuais indicadores de saúde nesta faixa etária. O partido refere que não há uma unidade que dê resposta às necessidades das pessoas que estão a envelhece. O Bloco propõe a criação de um Serviço Nacional de Cuidados, que dê respostas públicas de creches, lares de idosos, assistentes para pessoas com deficiência, apoio a cuidadores informais, entre outros.