Desde a meia noite de domingo e até à meia noite desta terça-feira, que os trabalhadores da Algar estão em greve. Assim foi decidido nos plenários de dezembro que analisaram as respostas da empresa ao caderno reivindicativo para este ano. Os temas da discórdia são a proposta de aumento salarial, atualização do subsídio de refeição, atribuição do subsídio de insalubridade, periculosidade, penosidade e risco, os valores do trabalho suplementar e negociação da tabela salarial, as carreiras profissionais e progressões.
Segundo o SITE-Sul, que convocou a paralisação dos dias 20 e 21 de janeiro, “a proposta patronal criou um grande descontentamento e mal estar entre os trabalhadores”. Nessa proposta, a Algar terá recusado ir além dos 2% de aumento salarial para todos os trabalhadores, e também não quis fazer a atualização do valor do subsídio de refeição. Quanto às outras matérias do caderno reivindicativo, o BE diz que deixou o sindicato sem respostas.
A greve começou com forte adesão, estando parados os serviços da triagem de Faro, Portimão, UTM de Portimão e a Central de Valorização Orgânica de São Brás do Alportel. Os trabalhadores concentraram-se na Estação de Tratamento de São João da Venda (Faro) e no Aterro Sanitário do Barlavento.
A empresa possui atualmente 22 instalações em todo o Algarve e emprega cerca de 450 trabalhadores.
A Algar faz a recolha dos resíduos recicláveis nos ecopontos nos concelhos de Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António), servindo uma população de cerca de 451 mil habitantes. Faz igualmente a recolha seletiva porta-a-porta nos concelhos de Lagos, Loulé, Faro e São Brás de Alportel.