Política

Bloco de Esquerda reuniu com a CCDR sobre o Programa de Emergência Social e Económico para o Algarve

 
No passado dia 1 de fevereiro, uma delegação do Bloco de Esquerda/Algarve reuniu-se com o Presidente e Vice-Presidentes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR), na sede da entidade em Faro.

 
Da parte do Bloco estiveram presentes o deputado eleito pelo Algarve, João Vasconcelos e os dirigentes regionais Luís Fernandes e Joaquim Gomes.
 
Em comunicado, o partido adianta que, a reunião teve como finalidade a apresentação do Programa de Emergência Social e Económico para o Algarve, iniciativa do Bloco de Esquerda e aprovado na ssembleia da República, assim como auscultar a CCDR sobre os problemas e dificuldades que atravessam os vários setores da região do Algarve, fruto da crise pandémica da Covid-19, «que se agrava com a monocultura do turismo». 
 
Segundo o Bloco, «esta situação está a provocar na região uma forte crise social e económica e com tendência de maior agravamento», caso não sejam tomadas pelo Governo medidas urgentes extraordinárias para a sua mitigação, impedindo assim o encerramento de muitas empresas e salvando os empregos.
 
No mesmo comunicado o BE refere que, segundo a CCDR-Algarve, foi proposta a criação de um protocolo que acelere o apoio aos empresários do Algarve. Informou também que estes apoios não são geridos pela referida entidade, sendo essa competência do IAPMEI, Região de Turismo e programa Compete. Acompanham as situações na Agricultura e Pescas mas sem qualquer intervenção.
 
Na mesma reunião, o Bloco de Esquerda diz ter elencado outras questões que afetam o Algarve, «as quais devem ser objeto de atenção por parte da CCDR/Algarve na gestão e aplicação das verbas comunitárias que vão chegar à região entre 2021 e 2027», nomeadamente a construção do novo Hospital Central, a requalificação da EN125 entre Olhão e Vila Real de Santo António, o desassoreamento de portos e barras, o plano de eficiência hídrica e medidas para combater a interioridade na serra algarvia.
 
Para os bloquistas, «é fundamental aproveitar o momento para tentar alterar o paradigma do desenvolvimento regional, apostando na diversificação do tecido económico». 
 
O partido diz ser urgente a implementação de ferramentas adequadas e eficazes para evitar «uma catástrofe social e económica no Algarve». «Os apoios sociais não estão a chegar atempadamente aos algarvios, levando a situações de claro desespero», algo que o Bloco de Esquerda «repudia veementemente», exigindo uma rápida solução. Deve também ser dada atenção especial aos micro e pequenos empresários através da simplificação de processos nos pedidos de apoio, de forma a uma rápida possibilidade de apoio, em que as moratórias devem ter uma extensão de pelo menos 60 meses sendo estas convertíveis, temporariamente, em parte do capital da empresa e o Governo, sublinha a mesma fonte.
 
No mesmo ponto, o Bloco realça que, os apoios a conceder, devem abranger toda a envolvente turística, «como a cultura, restauração, praia, natureza, etc.», havendo a necessidade de manter a estrutura de oferta turística, com a consequente manutenção da qualidade, contudo, lamenta que o Governo ainda não tenha delineado qualquer plano específico de apoio à região, quando em julho de 2020 anunciou tal plano.
 
Os representantes do partido sublinham ainda, que, «vão continuar a interceder na Assembleia da República, para que se verifique essa resposta por parte do Governo».