Segundo a ciência, o pensamento positivo vai muito além da saúde física, das oportunidades e do bem-estar - expressa-se através da qualidade de vida e da saúde mental.
Tendo por base um apontamento do Continental Hospitals e Smolfi, o pensamento positivo também está associado à resiliência, na medida em que, «a partir do momento em que aceitamos as situações que nos acontecem, mais facilmente procuramos soluções e alternativas para os nossos problemas, mas isso implica que, «o pensamento positivo seja realista, verdadeiro e autêntico para que possamos viver de uma forma mais equilibrada», sublinham os entendidos no mesmo artigo.
A chave é focar-nos no problema e não fugir dele ou fazer de conta que nada se passa, retirar lições daquilo que nos acontece e, a partir daí, delinear alternativas com mais conhecimento de causa, de um modo mais ponderado, equilibrado e consciente, salientam os especialistas.
Pelo contrário, as pessoas que lamentam o que lhes acontece, reclamam, evitam encarar a realidade, não só se afastam do bem-estar interior, como não conseguem ser resilientes, tornando-se pessimistas, ansiosas, acabando por desenvolver ainda mais problemas, especialmente no que se refere à saúde mental, alertam.
Segundo o Continental Hospitals e Smolfi, o pensamento positivo acarreta os seguintes benefícios:
Reduz o stress: Pessoas com uma mentalidade positiva tendem a lidar melhor com situações desafiadoras e stressantes.
Promove a aprendizagem: Focar nas lições que as situações difíceis podem ensinar, em vez de se deter nas dificuldades, permite o crescimento pessoal.
Melhora a saúde mental: Otimismo está associado a menores taxas de depressão e ansiedade, além de promover um sentimento de esperança e bem-estar.
Aumenta a motivação: Acreditar nas suas próprias capacidades e manter o foco em objetivos pode melhorar o desempenho e a persistência face a desafios.
Para começar a ser mais positivo e otimista, os especialistas recomendam que evite:
O pensamento positivo "tóxico" ou irreal: Ignorar problemas ou sentimentos negativos, tentar suprimir emoções ou agir de forma falsa, não é benéfico.
Pensamento positivo excessivo: É importante reconhecer a existência de problemas e dificuldades e não apenas fingir que eles não existem. Um equilíbrio entre otimismo e realismo é a chave.
Isolamento: A resiliência também depende do apoio de outras pessoas; ficar isolado pode ser prejudicial.
Para finalizar, os especialistas destacam que, ser resiliente não significa que temos de estar sempre bem, que não podemos estar aborrecidos, preocupados ou desiludidos com algo que nos ocorreu, ou que temos de “ser fortes”, mesmo quando nos sentimos mais fragilizados, mas sim, «ser flexível, analisar as situações sob diferentes perspetivas, retirar aprendizagens dos momentos menos positivos, na medida em que, é a partir daí que conseguiremos adaptar-nos melhor ás situações, resolver os nossos conflitos internos para que depois nos possamos libertar para enfrentar a vida e os seus obstáculos e, acima de tudo, encarar os desafios como oportunidades de autoconhecimento, de crescimento pessoal e de nos tornarmos melhores pessoas, mais seguros, confiantes e tranquilos».
Um pensamento positivo autêntico, focado na solução e na aprendizagem, é um componente crucial para desenvolver a capacidade de adaptação a situações novas, enquanto um pensamento positivo forçado ou irreal pode ser contraproducente.
De acordo com a Rede Virtude, conhecer-se bem é o primeiro passo para desenvolver a resiliência e o pensamento positivo, por isso, aceite-se tal como é, admita o que está a sentir, dê tempo a si mesmo para ultrapassar a dor e, aos poucos, vá dando um novo sentido ao que lhe aconteceu, na certeza de que, quanto melhor se sentir consigo mesmo, melhor estará a sua saúde física e mental, as suas relações com os outros e a concretização dos seus objetivos.