Uma pessoa emocionalmente madura é capaz de identificar o que sente, ajustar-se à realidade e lidar com as mais variadas situações de um modo mais tranquilo. Estas pessoas são conscientes de si mesmas, pensam antes de reagir, observam as situações antes de tomar decisões e reservam um tempo diário para si mesmas para que possam refletir.
Segundo os cientistas entendidos nesta matéria, a chave para conquistar a maturidade emocional é a autoconsciência que, por sua vez, determina o nosso grau de responsabilidade perante as situações em que participamos e a avaliação das consequências dos nossos atos, o que evita que façamos algo que não vá ao encontro do que desejamos.
As pessoas maduras também sabem que a vida não corre sempre bem, mas conseguem lidar melhor com os problemas e encontrar mais facilmente alternativas ou soluções porque analisam a realidade sob diferentes perspetivas, valorizam o seu conhecimento e são capazes de pedir ajuda a quem as possa apoiar sempre que necessário. Deste modo, controlam os impulsos e respondem de forma equilibrada nas situações em que participam. Desenvolvem relações mais saudáveis porque selecionam melhor quem desejam ter ao seu lado e respeitam os demais, ao mesmo tempo em que estabelecem limites e se respeitam a si mesmas.
Por ser uma dimensão de extrema importância e que merece ser desenvolvida, os especialistas deixam 7 dicas para conquistar a maturidade emocional:
1. Autoconhecimento
Conhecer e identificar as suas emoções é a base para lidar melhor consigo mesmo. A chave é reservar um tempo diário para analisar o que sente, aceitar essas emoções e decidir como é que quer expressá-las em público. Desse modo, estará a pensar antes de reagir, a assumir um autocontrole essencial para melhorar as suas relações e para sentir-se melhor, ao mesmo tempo em que saberá orientar os seus comportamentos para o que pretende.
2. Aprenda a comunicar melhor
Para que sejamos sinceros e honestos, não temos de gritar para afirmar a nossa posição, muito pelo contrário: quanto mais respeitar os outros, mais estará a respeitar-se e a garantir que recebe o mesmo tratamento. Nesse sentido, é essencial apresentar as suas ideias e pontos de vista com calma, explicar bem o que pretende, justificar o que gosta e o que não deseja e daí por diante.
3. Seja empático
Ouvir o outro e fazer-se ouvir é o ponto de partida para entender o ponto de vista de alguém e para também apresentar o seu. Colocar-se no lugar do outro facilita a comunicação, melhora o respeito, fortalece os laços entre as pessoas, permite expressar emoções e construir interações positivas. Antes de julgar, pense como seria se estivesse no lugar do outro.
4. Seja responsável
Cada um de nós é responsável pelas suas próprias emoções, logo, para evitar magoar-se deve pensar antes de reagir, selecionar as pessoas com quem convive e o modo de tratamento que aceita ou que transmite. Avaliar o que pode provocar nos outros também ajuda a que tome decisões mais responsáveis e conscientes.
Os outros não são responsáveis nem pelo que lhe acontece, nem pelo que sente em função dos seus atos.
5. Seja mais flexível
Tente ser menos rígido consigo mesmo. Uma pessoa que admite falhas, mais facilmente as corrige, aprende e faz melhor na próxima vez, mas para isso, é preciso reconhecer que não faz tudo bem e aceitar-se como imperfeito.
Esteja disposto a mudar sempre que algo não lhe faça bem, pois as crenças que guardamos podem ser um limite à nossa qualidade de vida e bem-estar.
Não conte em demasia com os outros e ainda menos tente “adivinhar” como vão reagir. Concentre-se na sua capacidade de mudança sempre que necessário e admita que os outros são livres para concordar ou não consigo, para corresponderem ao que deseja, mas que o leitor também dispõe dessa liberdade.
6. Encare os erros como uma possibilidade de crescimento
Compreenda que todas as emoções (o que inclui as negativas) são parte da experiência humana e precisam de ser enfrentadas de forma madura, o que torna estas circunstâncias uma excelente oportunidade para o crescimento pessoal.
Quando algo lhe acontece, analise-o sob diferentes dimensões e verá que encontra sempre um pretexto para alterar e para aprender, o que lhe vai facilitar o ajuste às situações e evitar que fuja da realidade.
7. Seja assertivo
A assertividade é essencial para a maturidade emocional. Ao ser assertivo, estará a expressar as suas emoções de forma clara, com limites saudáveis e com o respeito dos outros face às suas posições. A assertividade é um forte contributo para desenvolver a autoestima, a autoconfiança e o autoconhecimento.
Por fim, registe que, a terapia psicológica ajuda a identificar as emoções, a organizar pensamentos, desejos, frustrações e motivações, a conhecer-nos melhor e a desenvolver habilidades que nos ajudam a amadurecer, mas também a construir uma relação mais saudável connosco próprios e com os outros.
