“[…] Os vereadores em causa devem assumir a coerência da sua escolha e apresentar de imediato a renúncia ao mandato, permitindo que os elementos seguintes da lista possam subir e honrar o compromisso que o partido estabeleceu com os olhanenses”, lê-se num comunicado divulgado hoje pela Comissão Política do PS/Olhão.
O presidente da Câmara de Olhão anunciou na quarta-feira a retirada de funções executivas e os pelouros atribuídos a Elsa Parreira e João Evaristo, depois de se saber que aqueles vereadores eleitos pelo PS são os números um e dois, respetivamente, da candidatura independente “É Agora” às eleições autárquicas de 12 de outubro.
O PS/Olhão considera que “a permanência no cargo em regime de não permanência é incongruente com o mandato político”, classificando como “profundamente desrespeitoso” o facto de, com funções executivas e enquanto militantes do PS, aqueles terem organizado “um movimento insubmisso” contra o projeto que aceitaram representar.
Os pelouros que estavam atribuídos aos dois vereadores transitaram para a “responsabilidade direta” do presidente da Câmara Municipal, António Miguel Pina, que está a cumprir o seu último mandato na Câmara de Olhão.
Elsa Parreira tinha responsabilidades nas áreas da educação, ação social e habitação social, enquanto João Evaristo tutelava a cultura, desporto e lazer, juventude, ambiente, apoio ao empresário e transportes municipais.
O prazo para oficializar as candidaturas às eleições autárquicas de 12 de outubro terminou na segunda-feira.
Lusa