Política

Autárquicas: Chega quer conquistar várias capitais de distrito e rejeita coligações pré-eleitorais

Chega - Facebook
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O presidente do Chega estabeleceu hoje como objetivo para as eleições autárquicas do próximo ano conquistar a presidência de algumas câmaras municipais, e disse que o seu partido vai concorrer sozinho, rejeitando coligações pré-eleitorais.

“O Chega apresentar-se-á a estas eleições autárquicas para conquistar várias capitais de distrito" e "o interior abandonado”, afirmou, acreditando que tal pode ser possível nos distritos de Lisboa, Setúbal, Alentejo e Algarve.
 
Numa declaração aos jornalistas na sede do Chega, em Lisboa, André Ventura referiu os resultados que o partido teve nos vários pontos do país nas últimas eleições legislativas, em março, considerando que tem força para “apresentar um projeto autárquico de implantação autónomo e não ir às costas ou ir à boleia de ninguém”. 
 
O objetivo é no próximo ano conseguir uma “forte implantação” em todo o país e vencer nos distritos onde teve melhores resultados, reforçando nos restantes.
 
“O Chega quer ir com a sua força, com a sua autonomia e também com o seu valor político, e por isso nós não queremos uma implantação local artificial às costas ou do PSD ou de outro partido qualquer”, salientou.
 
André Ventura afirmou igualmente que “o Chega vai apresentar-se sozinho a estas eleições sem coligações pré-eleitorais”, admitindo no entanto uma análise caso a caso com base na realidade de certos locais, e entendimentos “com movimentos independentes ou com movimentos da sociedade civil que tenham sido próximos do Chega”.
 
“Mas nós não faremos nenhuma coligação pré-eleitoral autárquica com o PSD ou com qualquer outro partido”, salientou, garantindo que em todas as capitais de distrito o Chega terá candidaturas autónomas.
 
André Ventura indicou que no próximo congresso do partido, que deverá realizar-se entre o final deste ano e o início do próximo, será apresentada uma moção para que o Chega se apresente sozinho às eleições autárquicas.
 
“Ao contrário de outros que insistem em ser as muletas e os idiotas úteis do Governo e do PSD, o Chega tem consciência da sua força e não precisa de ser muleta de nenhum partido”, indicou.
 
Questionado sobre candidatos, o líder do Chega recusou adiantar nomes, remetendo esse anúncio para o início do próximo ano. Mas admitiu que podem concorrer pelo Chega candidatos independentes ou “de outros partidos, como o PSD, da área do centro-direita”.
 
André Ventura disse também que o Chega tem uma comissão autárquica, coordenada pelos secretários-gerais Pedro Pinto e Rui Paulo Sousa, a recolher as propostas de candidaturas.
 
Lusa