Política

Autárquicas: Ana Passos emite comunicado "em defesa da honra"

Ana Passos
Ana Passos  
No comunicado, Ana Passos lembra "em defesa da honra", que foi a única a apresentar-se à Comissão Política do PS-Faro para assumir uma candidatura, pelo PS, à presidência da Câmara Municipal de Faro.

Numa reunião da Comissão Política do Partido Socialista (PS) de Faro, que marcou o início do processo de escolha da(o) candidata(o) do PS à presidência da Câmara Municipal de Faro, realizada no passado dia 11 de outubro, Ana Passos diz que foi "a única candidata a apresentar-se para assumir uma candidatura". 
 
Explica que a reunião que decorreu dos estatutos, teve como objetivo desencadear o processo de designação dos candidatos autárquicos. Posteriormente, terá lugar uma outra reunião, da mesma Comissão Política, para votar democraticamente a(o) candidata(o) do PS à Câmara Municipal de Faro, criticando que se tenha dito, que já existe "um nome consensual e consolidado" e que a decisão "já está tomada" sem que tenha havido uma apresentação e votação pelo órgão máximo da concelhia. 
 
Para Ana Passos: "é, no mínimo, subverter o processo democrático de escolha e regressar ao autoritarismo do Estado Novo". "Lamento que, passados 50 anos do 25 de Abril, existam dirigentes do PS que considerem o exercício de um direito democrático, que é o de militantes se disponibilizarem para assumir candidaturas pelo seu próprio partido, como gerador de problemas". A socialista recorda no comunicado, que o PS foi "pioneiro", em 2014, ao abrir a escolha do seu secretário-geral, a militantes e simpatizantes, num processo de eleições primárias, que resultou na eleição de António Costa. "Exorto os órgãos locais do PS-Faro a envolver os militantes de base e simpatizantes do PS, recenseados no concelho de Faro, na escolha da(o) sua(seu) candidata(o) visto ser um processo que já demonstrou ser eficaz. Eu estou, como sempre, disponível para o escrutínio dos meus concidadãos," prossegue.
 
De acordo com a candidata, "Tendo sido a única apresentação à Comissão Política posso afirmar que, naturalmente, os comissários acolheram a minha disponibilidade de bom grado e que me quiseram ouvir relativamente às motivações para o desempenho de tal função. Não se tendo apresentado mais ninguém, ao órgão máximo do partido no concelho de Faro, reforça a minha convicção de que, sendo militante há quase três décadas, com um vasto currículo político no desempenho de funções de responsabilidade em prol do PS e com o apoio de muitos cidadãos, entidades e individualidades farenses, é imperativo moral disponibilizar-me, colocando-me ao serviço dos meus concidadãos e da minha terra, para assumir uma candidatura à capital do Distrito de Faro", conclui.