Como consequência, muitas mulheres acabaram por adquirir competências pessoais, profissionais e sociais que lhes permitem fazer face a muitos desafios e, acima de tudo, sentirem-se a par do homem, ainda que não lhes sejam reconhecidas muitas dessas capacidades nas culturas patriarcais, explicam os especialistas nesta matéria.
A mulher tem passado por um conjunto de mudanças motivadas pelas necessidades, desenvolvido competências a vários níveis para conseguir dar resposta às solicitações e impedimentos masculinos e lutado pela igualdade de género que, de forma alguma, se pretende que cause desequilíbrios entre os sexos, mas sim que, possibilitem a igualdade de direitos e de deveres entre homens e mulheres e que aprofundem o respeito pela diferença de cada um de forma a garantir uma igualdade de oportunidades efetiva.
Já se contam muitos países que têm levado a cabo de forma mais expressiva este trabalho, contudo, Portugal ainda ocupa a 17ª posição em termos globais relativamente à igualdade de género, numa lista liderada pela Islândia.
O facto de o homem ainda ser social e culturalmente uma figura de poder em muitos cenários quotidianos, faz com que a mulher seja obrigada a colocar em marcha uma série de processos que nem sempre são visíveis, sendo de destacar:
1. As mulheres aprenderam a não duvidar de si mesmas
Durante muito tempo o papel das mulheres foi relegado à esfera privada da criação dos filhos e cuidado do lar.
Conforme a sociedade foi avançando, a possibilidade de acesso aos cenários antes marcados pela presença masculina melhorou, mas há outros fatores que chamam a atenção.
• As mulheres são obrigadas a demonstrar, quase de forma constante, que são capazes de desempenhar determinadas competências e responsabilidades.
• Fica claro que ambos os gêneros são capacitados para concorrer a uma vaga de emprego, contudo, em alguns contextos, ainda são colocadas reticências no que se refere à igualdade de oportunidades;
Na atualidade há um aspeto que o género feminino conhece muito bem: que é capaz de assumir desafios, que pode ter as mesmas responsabilidades que um homem, e que o seu único limite só existe na sua própria mente.
2. Não precisam de ninguém para se sentirem “completas”
Apesar de, muitas mulheres ainda estarem “presas” à ideia de que precisam de ter um homem para que possam ser aceites socialmente, uma boa parte do público feminino só casa, procria ou toma outras decisões se as mesmas forem de sua legítima vontade e interesse, o que as coloca numa posição positiva, que contrasta com o passado e que, efetivamente, não faz qualquer sentido. Tal como o homem, a mulher é livre de amar quem quiser e de decidir sobre a sua conjugalidade, o tempo que considera pertinente para o fazer e se o pretende fazer. Só quando as mulheres defenderem esta posição, é que vão estar a concretizar mais um aspeto da sua luta pela igualdade de género, afirmam os especialistas nesta matéria.
3. Devemos dar o exemplo às novas gerações: a educação é poder
O empoderamento das mulheres, cada vez mais em voga, resume-se nestes pontos:
• Obter uma verdadeira igualdade de género.
• O “empoderamento” não significa, de forma alguma, situar-se acima do género masculino.
• Pretende-se alcançar uma igualdade essencial para demonstrar a muitas mulheres que elas “têm poder”, que podem utilizá-lo e ser uma fonte de inspiração para as novas gerações de homens e mulheres.
A educação é a chave. Dessa forma, em qualquer sociedade que queira ser chamada de “avançada”, as mulheres e os homens precisam de educar os filhos com um valor inviolável; o da igualdade.
A mulher tem de ser feliz à sua maneira e não como os outros pensam ou desejam. Cada pessoa deve saber o que é melhor para si e não estar à espera de conselhos ou ordens de quem quer que seja.
4. Não é egoísmo que uma mulher cuide e que goste de si mesma
Já sabemos que é necessário impor limites, cuidar da autoestima.
Porque se nós não estivermos bem, não poderemos dar o nosso melhor aos demais.
5. As opiniões alheias não me determinam
Uma mulher que gosta de si mesma não tem de estar à espera dos conselhos e críticas, muitas vezes destrutivas, daqueles que as rodeiam e, isso conquista-se dia após dia, com uma autoestima e autoconfiança fortes, com objetivos, com consciência de si mesmas e colocando limites ao que fazemos e ouvimos dos outros, pois as alegrias somos nós que as sentimos, tal como as tristezas, logo, temos de seguir exatamente o que somos, aquilo em que acreditamos e de que gostamos. Ouvimos, mas selecionamos, convivemos, mas não nos deixamos influenciar por aquilo que não nos faz sentido ou que nos desagrada e… cada um que suporte as suas dores e que sorria perante as conquistas. A mulher tem de ser livre para saborear as suas vitórias com quem quiser, concluem os entendidos.