Dicas

As melhores e as piores pessoas para conviver

Temos de aprender a diferenciar as pessoas tóxicas das pessoas boas, sendo que, as positivas são aquelas que nos respeitam, que nos aceitam tal como somos.
Temos de aprender a diferenciar as pessoas tóxicas das pessoas boas, sendo que, as positivas são aquelas que nos respeitam, que nos aceitam tal como somos.  
Foto:Cookie_studio (Freepik)
Segundo os especialistas, “as pessoas com quem nos envolvemos determinam 95% do nosso sucesso ou fracasso na vida". Quer isto dizer que, quem tem a sorte de nascer numa família positiva, encorajadora, motivada, compreensiva e carinhosa, estará muito mais próximo de ser feliz.

Pelo contrário, quem recebe críticas constantes, comentários depreciativos, agressões, humilhações e outras ofensas, terá um longo caminho a percorrer para se libertar desse mau ambiente e, em muitos casos, pode desistira meio do percurso, se não for convenientemente acompanhado.
 
É também de registar que, não são só os pais que podem influenciar positiva ou negativamente os indivíduos, pois mediante essa influência hereditária, também tenderemos a rodear-nos de melhores ou piores pessoas.
 
De acordo com os entendidos, há pessoas que conseguem ultrapassar as marcas e influências negativas do passado e dar um rumo positivo à sua vida, enquanto que outras se veem com falta de alternativas e forças e acabam por se resignar ao sofrimento.
 
Há quem também tenha a inteligência e capacidade de procurar melhores influências para o seu percurso e que saiba afastar-se de quem não exerce um papel positivo, razão pela qual os amigos, o cônjuge, colegas de trabalho, professores e outras referências podem ser um importante alicerce para modificar aquilo que parecia uma condenação ao fracasso.
 
Sabendo da importância de vivermos rodeados de pessoas boas, deixamos-lhe uma lista dos especialistas de bons exemplos humanos e que nos fazem bem, pelo que, devemos procurar pessoas com estas características.
 
Em primeiro lugar, temos de aprender a diferenciar as pessoas tóxicas das pessoas boas, sendo que, as positivas são aquelas que nos respeitam, que nos aceitam tal como somos, que não nos complicam a vida, que conseguem assumir os seus erros, que são isentas no momento de dar uma opinião, que sabem ser afetuosas e empáticas e que conseguem ouvir-nos. O importante é assumir e reconhecer que, tal como as qualidades positivas dos outros nos ajudam a crescer, os pontos negativos das pessoas tóxicas “afundam-nos”, limitam-nos a felicidade, enquanto que nos condicionam as ações e os pensamentos.
 
Estes são os seis tipos de pessoas que nos ajudam a vencer na vida e a sermos iguais a nós próprios:
 
1. Pessoas motivadas
 
São comprometidas e ativas. Estabelecem metas, são perseverantes, entusiasmadas e geralmente não se deixam paralisar pelo medo. Aceitam o erro, corrigem-no e assumem que todos falham, por isso seguem em frente e aceitam que os outros também erram e que vão aprender com a experiência.
 
2. Pessoas inspiradoras
 
São verdadeiros “autores da sua própria história”. Olharam para dentro de si mesmas, perceberam o que era preciso modificar e construíram um novo percurso. São pessoas corajosas, que não têm medo de assumir as qualidades positivas e negativas, mas que estão sempre disponíveis para melhorarem algo em si mesmas.
 
Estas pessoas mostram-nos que nunca devemos deixar de lutar por aquilo que queremos e em que acreditamos, sabem que a maioria dos nossos limites somos nós que os criamos, pelo que devemos superar-nos em cada momento mais difícil para que possamos encontrar mais um ponto a favor do bem-estar pessoal.
 
3. Pessoas positivas
 
Estas pessoas tentam encarar a vida pelo lado positivo, tentam encontrar o seu melhor e fazem o mesmo com os outros. Tentam analisar a vida sob diferentes perspetivas, mas privilegiam sempre o plano positivo onde estão as qualidades e as potencialidades das pessoas e procuram sempre uma solução para os problemas baseada na responsabilidade individual.
 
4. Pessoas abertas
 
São pessoas livres de preconceitos e sempre dispostas a ouvir diferentes opiniões, mesmo que não correspondam aos seus pontos de vista. Não têm medo de mudar, aceitam melhor as críticas (e isso é muito importante porque o seu efeito é muito mais potente do que a adulação) e vivem de maneira mais despreocupada com o que os outros pensam delas. São pessoas flexíveis, mais empáticas, equilibradas e com mais estabilidade emocional.
 
5. Pessoas apaixonadas
 
Vivem com entusiasmo, aproveitam cada momento e investem tempo naquilo que realmente as apaixona. São muito motivadas e  acreditam que, quem encontra a sua verdadeira paixão, nunca terá falta de motivação.
 
6. Pessoas agradecidas
 
A maioria das pessoas tende a concentrar-se naquilo em que não está satisfeita, na falha do outro, no problema e daí por diante. Pelo contrário, as pessoas agradecidas concentram-se nas suas conquistas, no lado mais positivo da vida, naquilo que os outros fazem e que também são capazes de mostrar e de partilhar. Estar com pessoas gratas, faz com que nos sintamos mais felizes e com que nos tornemos também mais gratos e com uma imagem mais positiva dos outros, de nós mesmos e da própria vida.
 
As pessoas agradecidas evitam estar com quem faz de tudo um “mar de lamentações”, com quem dramatiza a vida, as pessoas e as relações e opta por um estilo mais inspirador e agradável.
 
Se estes são bons exemplos de pessoas com quem vale a pena conviver,  Bernardo Stamateas no seu best-seller Gente Tóxica, alerta para o perigo de lidarmos com quem nos complica a vida, prejudica as relações, arrasa com os sonhos, não nos respeita, ultrapassa os limites que lhes colocamos, invejam o que possuímos, fazem de tudo para nos destruir e retirar da frente do seu caminho e são verdadeiros “vampiros emocionais”. São pessoas com as seguintes características, que existem em todos os ambientes e das quais nos devemos proteger:
 
1. Pessoas que se queixam
 
Quem vive numa espiral de reclamações constantes tem um problema para cada solução, e  faz da reclamação o seu modo de vida. São pessoas que só nos procuram para desabafar e descarregar a sua negatividade, para criticarem tudo e todos e para nos encher a alma de toxicidade. Por norma, são pessoas que se sentem tão culpadas de tudo e tão derrotistas que só se sentem bem quando nos transferem esses sentimentos negativos e destrutivos. O ideal é não aceitar uma relação com este tipo de pessoas ou dizer-lhes claramente que não estamos disponíveis para fazer parte desse modelo, pois se não nos protegermos, em pouco tempo a nossa vida será caótica e carregada de negatividade.
 
2. Pessoas invejosas
 
De um modo geral, estas pessoas são frustradas porque se sentem minimizadas em relação às outras. Por norma, invejam as demais e sentem uma profunda raiva por não serem como elas, o que é muito perigoso e destrói uma qualquer relação. Registe que, quem nos inveja, não nos ama nem respeita, pelo que não é uma pessoa boa para fazer parte da nossa vida.
 
3. Fofoqueiros
 
Estas pessoas estão sempre mais preocupadas com o que os outros fazem do que com a sua responsabilidade sobre os seus comportamentos. Nos mais variados ambientes, estes indivíduos funcionam como “ervas daninhas”, já que prejudicam os outros, produzem pouco e ajudam ainda menos a que a convivência seja positiva e saudável. São pessoas das quais nos devemos manter distantes, seja na família, no trabalho ou no grupo de amigos.
 
Lembre-se de que, «a fofoca morre quando atinge o ouvido inteligente que decide parar esse boato ou mexerico». E registe que, o fofoqueiro quer ter poder e, por isso, está sempre a falar mal dos outros para se afirmar. Se cortar com esse circuito, conseguirá que a verdade venha a lume e que se termine um role de injustiças e mentiras.
 
4. Pessoas que se sentem culpadas
 
São indivíduos muito manipuladores, que usam a vitimização para obterem o que pretendem. Os outros acabam por sentir compaixão por eles, o que leva a que também sintam o peso da culpa por tudo. Há pessoas que, efetivamente precisam de ajuda psicológica para ultrapassarem os seus problemas, mas neste caso, estas não pedem ajuda e transferem a culpa de tudo para os demais. Normalmente estas pessoas pedem perdão por tudo e por nada, como forma de se mostrarem “boas”, mas repetem infinitamente os mesmos erros e usam os outros a seu belo prazer.
 
5. Pessoas agressivas
 
Não possuem empatia, são autoritárias, usam a comunicação violenta e priorizam de modo exclusivo as suas necessidades e direitos. Por ser uma convivência altamente tóxica, que nos compromete o bem-estar, a saúde mental e o equilíbrio, devemos manter-nos afastados deste tipo de personalidade. Seja na família, no grupo de amigos ou no trabalho, não devemos permitir que alguém seja agressivo connosco. Exija respeito e não aceite agressões físicas ou verbais em circunstância alguma.
 
6. Psicopatas
 
As pessoas com comportamento psicopata têm maior probabilidade de se candidatar a cargos de gestão ou poder. A explicação é que a sua personalidade agressiva, a sua falta de empatia ou a capacidade de manipular usando o seu charme para obter objetivos são características exigidas em certas categorias profissionais. Esse tipo de perfil tende a contornar a legalidade ou o permitido para obter benefícios. Diante do psicopata, é melhor estabelecer limites, deixar claras as consequências das suas ações e, acima de tudo, nunca ceder. Ao mesmo tempo, é de anotar que, o psicopata também tem família e causa danos aos seus membros, pelo que é preciso saber proteger-se, seja de um pai, de uma mãe ou de um qualquer elemento sem remorsos, sem sentimentos, capaz de desequilibrar a convivência familiar, sem qualquer problema, mas sempre a fazer de conta que nada se passa.
 
Com estes alertas, cabe ao leitor a melhor postura a adotar, sabendo que, o sucesso ou o fracasso nas nossas vidas depende, em grande parte, das escolhas que fazemos e por quem nos deixamos influenciar.
 
Fátima Fernandes