Dicas

Aprenda a lidar com os conflitos em 6 passos

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A maioria das pessoas foge dos conflitos pelas emoções negativas que envolvem, mas o segredo está em saber enfrentá-los.

Todos sabemos que, um conflito gera discussões, que envolve troca de palavras nem sempre agradáveis, que nos retira a energia, o entusiasmo e daí por diante, mas vejamos os “pesos” que carregamos por não argumentarmos, não explicarmos ou tentarmos manter as relações que estabelecemos e que nos podem dar prazer.
 
É fácil evitar uma situação, uma pessoa, um momento porque sabemos que vamos ter de falar, de dar a nossa opinião, de mostrar o que estamos a sentir e até de pensar numa solução para um problema, mas será que ficamos mais felizes em sair das situações ou em superá-las?
 
Na posição dos entendidos, tudo depende do interesse que temos pela pessoa ou grupo de pessoas, pois se nos for agradável a presença, é importante que façamos o que estiver ao nosso alcance para ultrapassar um mal-entendido e para nos fazermos ouvir. Se, pelo contrário, considerarmos que não vale a pena argumentar, justificar ou esclarecer porque a pessoa está no seu mundo e isso não irá ajudar a resolver um problema, mais vale fugir e evitar o conflito. No entanto, quando queremos ultrapassar um impasse e é essencial que o façamos da melhor maneira, devemos ter estas dicas em linha de conta:
 
Um conflito envolve enfrentar uma posição diferente da nossa e, na maioria das vezes, o problema não é fazer-nos entender, mas sim, aceitar que o outro pensa e age de forma distinta.
 
Muitas pessoas evitam o conflito para se afastarem dos seus medos internos, da ansiedade que gera ter de assumir uma posição e respeitar a do outro. Também há quem evite o conflito porque é uma pessoa insegura, porque carrega marcas negativas do seu passado que a impede de enfrentar algumas situações, porque sente vergonha de assumir uma ideia, de ter de corrigir um erro ou uma afirmação, porque sente muita inferioridade em relação ao outro ou porque já viveu uma situação semelhante com um desfecho desagradável.
 
Segundo os especialistas, seja qual for o motivo que nos impede de enfrentar um conflito, é importante reter que, quem quer evoluir e crescer como pessoa, terá de confrontar-se com o mundo e as ideias dos outros e colocar as suas em evidência em alguns momentos. Ao mesmo tempo, a constante fuga do cenário faz com que muitos conflitos subam de tom, que envolvam mais pessoas e que não desapareçam porque simplesmente os deixamos no mesmo lugar e nada fizemos para os ultrapassar.
 
Assim, é essencial que:
 
1. Esteja aberto ao conflito; não se feche.
 
Pondere os pontos de vista do outro,
 
Lembre-se de que, numa relação de casal, por exemplo, quem não enfrenta os problemas, acaba por fazer com que os mesmos aumentem e que a convivência se torne insustentável. O diálogo é sempre a melhor forma de discutir ideias, de trocar pontos de vista, aprender, melhorar e corrigir o que for necessário.
 
2.  Conecte-se com o conflito
 
Assuma o desconforto que a situação lhe provoca, admita as emoções desagradáveis que o conflito lhe provoca e tome uma decisão madura, inteligente e responsável: converse com a pessoa, apresente o seu ponto de vista e, em conjunto, procurem alterar aquilo que for necessário. Aceite e respeite a posição do outro e veja até que ponto a mesma o pode acrescentar e permitir saber mais.
 
3.  Enfrente os seus medos e inseguranças
 
Enfrentar os seus medos não implica que inicie outro conflito; não se trata de lutar contra si mesmo, mas sim de reconhecer as suas fraquezas e procurar alternativas construtivas, que permitam chegar a uma solução para o conflito.
 
4. Expresse os seus interesses de forma assertiva
 
Um pouco de amor-próprio não faz mal a ninguém e defender os seus interesses não é perda de tempo, no entanto, é crucial que ouça o outro e que se sinta disposto a compreender e a respeitar os seus pontos de vista, mesmo que se afastem muito dos seus. Depois de ouvir, apresente também a sua posição, sem medo de falar do que sente, do que pensa, mas respeitando-se e dando também esse respeito ao outro. Em pé de igualdade, será muito mais fácil conversar, estabelecer acordos, fazer planos e, claro, sem discussões, mas com uma troca assertiva de pontos de vista. Não tenha medo de mudar de opinião e, ainda menos de mostrar que a sua posição também tem valor e que deve ser considerada.
 
5. Não seja demasiado exigente consigo mesmo
 
O excesso de exigência pessoal e com os outros, leva a que tenhamos mais dificuldade em enfrentar a situação porque queremos que tudo seja perfeito e à nossa maneira. Pense que, o leitor não tem de ter a solução para o problema, mas sim, a disponibilidade para conversar com a outra pessoa para que, em conjunto, a possam encontrar. O facto de terem ideias distintas sobre um mesmo assunto não quer dizer que alguém tenha de estar certo ou de sair vencedor, mas sim, que podem encontrar um terceiro ponto de vista melhor para ambas as partes.
 
Não tenha medo de errar e falhar ao confrontar os seus interesses com outra pessoa, pois são essas tensões que o vão ajudar a saber o que precisa de melhorar para continuar a aproximar-se dos seus objetivos. Os fracassos são uma fonte de aprendizagem, desde que saiba ouvir os seus ensinamentos.
 
6. O confronto não é negativo
 
É positivo participar nas situações e, de forma assertiva, expor as nossas ideias, ao mesmo tempo em que também damos espaço para ouvir as dos demais. Não existe um erro nesta postura, mas sim na forma como lidamos com a diferença. Assim, é essencial mentalizarmo-nos de que, os outros vão ter sempre uma posição diferente da nossa e que, em vez de a evitarmos, podemos aprender com ela e apresentar também aquilo que somos e que defendemos.
 
Pensar antes de falar e de reagir, é sempre uma boa solução para evitar que os conflitos sigam um percurso errado e que nos causem desconforto. Saber com quem estamos a discutir também é muito importante, na medida em que, efetivamente, há pessoas que não estão dispostas a dialogar, a respeitar, a entender e a fazer-se entender, por isso, procure relações mais próximas de si para aprimorar a arte de saber lidar com os conflitos e acredite que, quanto mais formos capazes de resolver os nossos problemas pessoais e com os outros, mais próximos estaremos de uma vida mais livre e plena.