"As políticas municipais do executivo camarário, liderado pelo PSD/CDS não correspondem às necessidades do concelho e da sua população, faltando ambição e oportunidade, refletida sobretudo na irrelevância dada ao valor atribuído à participação dos cidadãos, no que diz respeito ao Orçamento Participativo", critica o PS.
O Partido Socialista de Faro, justifica que o orçamento apresentado pela autarquia farense para o ano de 2023, que se cifra em cerca de 67 milhões e que apresenta um acréscimo de 10,3 milhões de euros, resulta do aumento de taxas e impostos municipais (+ 18%).
Apesar do aumento da receita, os socilistas consideram em comunicado, que esta não se reflete nas prioridades e necessidades do concelho, "não mudando o registo que tem conduzido o concelho ao seu estado de sempre, a nível dos espaços públicos, infraestruturas e diferenças sociais, baseando-se numa gestão diária sem qualquer visão e planeamento, sobre que papel deverá ter Faro na região e até no País".
O PS recomenda ao executivo camarário, que pelas condições de financiamento proporcionadas pelo Governo, relativamente à Habitação, esta seja reforçada, beneficiando de mais projetos, previstos na Estratégia Local de Habitação, aproveitando as oportunidades disponibilizadas no PRR.
Os projetos de gestão urbanística da Zona Industrial do Bom João, Cais Comercial, do Quilómetro Cultural e um Parque de Feiras e Exposições, continuam a ser, segundo o PS, "uma miragem, que apenas têm servido para mera propaganda eleitoral".
Quanto às freguesias rurais de Santa Bárbara de Nexe, de Estoi e Conceição, o partido entende que, "continuam esquecidas em relação ao restante território concelhio".
Antevendo um ano "muito difícil", devido aos efeitos da pandemia, da guerra e inflação, "manda a verdade dizer que nas grandes opções do plano, para a ação social, cabem apenas 2,17% do orçamento e 0,17% para as famílias, existindo neste orçamento, um total desfasamento das prioridades face ao atual contexto socioeconómico", sublinha o partido.