Ambiente

Ao fim de um ano, Salina já nadou milhares de quilómetros no Mediterrâneo

Foto: Zoomarine
Foto: Zoomarine  
A história da Salina é muito feliz no seu desfecho. Dois anos após ter sido resgatada no rio Guadiana, e um ano depois de ter sido devolvida ao Oceano, a tartaruga-comum já se encontra a mais de 1850 quilómetros do local de despedida, e já nadou mais de 7.600 quilómetros.

Segundo o Zoomarine, a história da Salina começa por se cruzar com a de humanos no rio Guadiana, onde foi resgatada por um pescador e a esposa, que a encontraram presa em redes, em junho de 2021. Na altura, pesava 38,7 kg – entretanto, a 20 de julho de 2022, quando foi devolvida ao mar, a bordo do NRP Cassiopeia da Marinha Portuguesa, tinha 67 centímetros de carapaça e já pesava 51,8 kg, após passar 13 meses a receber cuidados no Porto d’Abrigo do Zoomarine.
 
Acoplado à carapaça da tartaruga está um equipamento (KiwiSat Argos) que tem permitido acompanhar diariamente a sua "viagem" marítima. O percurso pode ser acompanhado via Internet e os dados serão usados em futuras publicações científicas. Se tudo correr como previsto, a bateria do aparelho ainda deverá permitir mais 4 a 8 meses de recolha de dados, mostrando se o Mediterrâneo continuará a ser, ou não, o destino de eleição deste réptil marinho.
 
A Salina é uma das centenas de vidas que foram salvas e devolvidas ao meio selvagem, num trabalho digno de registo do Zoomarine.