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Anda com problemas de memória? Saiba o que isso pode significar

 
Contrariamente ao que se possa pensar, os problemas de memória não são exclusivos da terceira idade e do tempo em que ocorre um envelhecimento do cérebro.

 
Desde muito jovens que podemos sentir falhas na memória e dificuldades em recordar algumas situações, no entanto, aos 20  ou 30 anos, tendemos a desvalorizá-los.
 
Temos de ter presente que, o funcionamento da memória pode flutuar por vários motivos, alguns naturais e outros patológicos. Nesse sentido, torna-se importante que conheça as principais causas para os problemas de memória para que os possa prevenir ou melhorar.
 
O leitor anda a aperceber-se que, anda mais esquecido e desorganizado. Esquece-se das chaves, do telefone ou da lista de compras. Também tem dificuldade em lembrar-se de nomes  e até já perdeu alguns compromissos por esquecimento.
 
Apesar de parecer que está tudo bem, no fundo, sente-se preocupado com o que se está a passar e não sabe se deve consultar um médico.
 
Na realidade, é difícil determinar se estará a passar por uma fase ou se está a desenvolver algum problema, no entanto, vale a pena ter em conta que, a partir dos 40 anos, muitas pessoas começam a ter problemas de memória o que se deve às seguintes causas:
 
1. A passagem do tempo
 
Este é um dos fatores que mais pesa. Verificou-se que a memória geralmente atinge o seu pico na faixa dos 20 anos de idade e, a partir de então, começa a declinar. Assim, mesmo que ainda faltem vários anos para o leitor fazer parte do que chamamos de terceira idade, talvez possa começar a notar certas dificuldades que antes não existiam. É natural que sinta mais dificuldade em aprender algo novo, e que igualmente se aperceba de alguns esquecimentos na vida quotidiana.
 
2. Falta de atenção
 
Às vezes, o que parecem ser problemas de memória são, na verdade, o resultado da falta de atenção muito motivada por um estilo de vida acelerado e apressado que não nos permite prestar a devida atenção ao que estamos a fazer. Essa pressa faz com que negligenciemos certas informações do nosso quotidiano, as quais só nos apercebemos quando nos chamam a atenção ou algum tempo depois.
 
É natural que se tenha esquecido de parar no supermercado para fazer as compras que lhe pediram, que não tenha comprado algo que o seu filho lhe pediu e daí por diante. Quando chega a casa e lhe falam no assunto, lembra-se imediatamente, mas com o dia preenchido que teve, a sua memória não teve capacidade de recuperar essa informação.
 
3. Doenças orgânicas
 
Determinadas doenças, tais como distúrbios da tireoide, dos rins e do fígado, podem estar por trás dos problemas de memória. Da mesma forma, a carência de vitaminas B12, B6 e B9 causada pela má alimentação também constitui um fator importante.
 
4. Consumo de substâncias ou medicamentos
 
Há evidências científicas que comprovam os efeitos que as drogas podem ter nas habilidades cognitivas, incluindo a memória. Neste ponto, é de ter em conta que, o álcool (por mais normalizado que seja o seu consumo) também pode afetá-la seriamente se não for consumido com moderação. As bebidas alcoólicas podem provocar efeitos transitórios, mas também danos a longo prazo.
 
Por outro lado, o consumo de certos medicamentos (tais como ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, medicamentos para o colesterol, entre outros) também pode interferir no funcionamento da memória.
 
5. Problemas emocionais
 
Não menos importantes entre as causas de problemas de memória, estão os estados emocionais. Aqui é de ter em conta que, há situações que nos esgotam no nosso quotidiano e, a dificuldade em gerir corretamente as emoções, dá lugar a esquecimentos e a perturbações na memória. É de anotar que, se vivemos num ambiente stressante, se estamos a passar por uma situação de conflito com alguém, se o nosso emprego nos esgota diariamente, é natural que todo o nosso organismo se ressinta e que o esquecimento seja uma realidade. Também os transtornos de ansiedade, a depressão e outras patologias mentais podem estar na base da dificuldade em manter uma memória plena.
 
6. Comprometimento cognitivo e demência
 
Além do declínio cognitivo associado ao envelhecimento, também podem ocorrer sintomas de maior gravidade, geralmente associados a doenças como Alzheimer ou Parkinson. Às vezes, as pessoas apresentam um declínio cognitivo leve que não progride, mas, em muitos casos, isso acaba por conduzir à demência
 
Segundo os especialistas, é possível prevenir e recuperar os problemas de memória, pelo que, em primeiro lugar se deve responder honestamente a estas questões:
 
•Os problemas de memória interferem significativamente no seu funcionamento diário. Os mesmos impedem-no de cumprir com as suas tarefas e obrigações, dificultam-lhe as relações sociais ou causam-lhe algum tipo de sofrimento?
 
•O leitor sente problemas em aceder a informações e memórias, ainda que tenha tempo e pistas sobre o assunto?
 
Ao mesmo tempo, devemos ter em conta que, mesmo que os problemas de memória não sejam sérios, existem certas medidas que podemos tomar para prevenir o seu aparecimento ou retardar o seu progresso. Entre as mais importantes estão as seguintes:
 
•Descansar adequadamente. O sono insuficiente ou de má qualidade interfere no funcionamento cognitivo.
 
•Alimentar-se de forma saudável, para que possa obter todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do cérebro. Não se esqueça de incluir na sua dieta alimentos como nozes, abacate, azeite e peixes. E, não se esqueça de consumir álcool com moderação!
 
•Exercite-se regularmente. Verificou-se que praticar atividade física aeróbica ajuda a melhorar as funções cognitivas. Assim, correr ou caminhar durante 30 a 60 minutos, de 3 a 5 vezes por semana, pode ser o suficiente.
 
•Adote práticas como mindfulness ou meditação. Essas técnicas são excelentes para combater o ritmo de vida acelerado e o caos mental. Desta forma, o leitor terá mais facilidade em prestar atenção e, como consequência, codificar as informações.
 
•Aprenda a gerir e a regular as emoções antes que elas o dominem. Para isso, pode ser suficiente partilhar os seus sentimentos com alguém próximo ou recorrer à escrita terapêutica. Se necessário, não hesite em pedir ajuda especializada de um psicólogo que, certamente lhe dará o correto encaminhamento para a melhoria da sua qualidade de vida.
 
Segundo a revista Melhor com Saúde, «os problemas de memória devem ser avaliados por um profissional, pelo que, se os mesmos persistirem ou interferirem na sua vida, não hesite em consultar um médico».
 
Anote a importância de manter a mente ativa com pequenos desafios diários, uma vez que, a memória é como um músculo que necessita de ser exercitado, conclui a mesma revista.