A associação Almargem diz que tomou conhecimento "da situação dramática" registada nas últimas semanas na foz da ribeira de Alcantarilha, "em virtude da carência hídrica extrema em que se encontra o troço final daquela ribeira", referindo que se tem verificado "uma enorme mortandade de animais, em particular de peixes, devido à falta de água e pela baixa concentração de oxigénio".
Numa nota publicada, a Almargem refere que assim que tomou conhecimento da situação, contactou a Câmara Municipal de Silves e a Agência Portuguesa de Ambiente, a fim de averiguar se as entidades sabiam da situação, e que medidas tomaram, ou vão tomar de forma a combater as consequências.
A associação explica que é necessário que se mantenham os caudais ecológicos, "que permitam assegurar a conservação e a manutenção daquele ecossistema", criticando a Agência Portuguesa do Ambiente ( APA), entidade responsável, por ter deixado atingir "este ponto de rutura e morte sem agir".
Na ausência de qualquer resposta até ao momento por parte da APA, "atendendo à gravidade da situação - do ponto de vista ambiental e da saúde pública", a Almargem manifesta "enorme preocupação com a situação de carência hídrica em que se encontra a foz da Ribeira de Alcantarilha".
Na mesma nota, exorta ainda as entidades responsáveis, "a promoverem a urgente valorização (que não passe apenas por intervenções pontuais de cosmética), bem como a classificação daquela importante zona húmida, por forma a que recupere o seu enorme potencial numa área tão icónica que reúne valores naturais de relevância especial e que se prepara para receber nas proximidades uma 'Área Marinha Protegida' (AMPIC da Pedra do Valado)".