Os proveitos da atividade turística atingiram em agosto o valor mensal mais elevado de sempre, de 878,3 milhões de euros, impulsionados pelo máximo histórico de dormidas e do preço dos serviços prestados, divulgou hoje o INE.
Segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em agosto de 2023 o setor do alojamento turístico registou 3,5 milhões de hóspedes (+4,8% face ao mesmo mês de 2022) e 10,1 milhões de dormidas (+1,4%), gerando 878,3 milhões de euros de proveitos totais (+10,4%) e 709,8 milhões de euros de proveitos de aposento (+11,1%).
Comparando com agosto de 2019, registaram-se aumentos “mais expressivos”, de 37,6% nos proveitos totais e de 39,6% nos relativos a aposento, refletindo também os aumentos dos preços dos serviços prestados.
No acumulado de janeiro a agosto de 2023, as dormidas cresceram 12,0% (+2,4% nos residentes e +16,9% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 22,3% nos proveitos totais e 23,5% nos relativos a aposento (+38,5% e +41,3%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019, traduzindo o aumento generalizado dos preços).
No mês de agosto, o Algarve foi a região com maior peso nos proveitos totais e de aposento (36,9% e 36,5%, respetivamente), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (23,0% e 24,0%), o Norte (14,1% e 14,2%), a Região Autónoma da Madeira (8,6% e 7,8%) e o Centro (8,5% e 8,4%).
No mês em análise, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em agosto nos 108,8 euros (+6,8%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 147,8 euros (+8,7%), tendo ambos registado novos máximos históricos em todas as regiões.
Em relação a agosto de 2019, registaram-se aumentos de 28,9% e 27,2%, pela mesma ordem.
De acordo com o INE, ADR atingiu o valor mais elevado no Algarve (194,2 euros), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (157,4 euros) e o Alentejo (151,8 euros).
Face a agosto de 2019, e entre os três municípios com maior representatividade no total de dormidas, Lisboa (quota de 14,9%) teve um acréscimo de 4,3%, Albufeira (quota de 11,9%) continuou aquém dos níveis registados em 2019 (-12,3%) e o Porto (quota de 6,5%) registou um crescimento de 29,1%.
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 22,2 milhões de hóspedes e 59,1 milhões de dormidas até agosto de 2023, correspondendo a crescimentos de 14,4% e11,6%, respetivamente.
Já face ao mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 8,4% (+7,0% nos residentes e +9,2% nos não residentes).
No acumulado de janeiro a agosto de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram na Área Metropolitana de Lisboa (+31,7% e +33,4%, respetivamente), na Região Autónoma dos Açores (+28,1% e +29,3%), no Norte (+26,5% e +27,7%) e na Região Autónoma da Madeira (+26,0% e +29,6%).
Comparando com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nos Açores (+57,1% e +58,6%, respetivamente), na Madeira (+56,0% e +68,2%) e no Alentejo (+48,1% e +53,4%).
Lusa