A 3ª edição do programa de inovação Re-Source apresenta projetos-piloto criados por startups, para tornar a reciclagem mais eficaz. Deste modo, a Sociedade Ponto Verde (SPV) que tem como missão gerir a "retoma e valorização" de embalagens e a consultora de inovação colaborativa Beta-i, juntaram empreendedores de vários países, incluindo Portugal, para criar soluções na área da gestão de resíduos.
Através do programa Re-Source, parceiros e empreendedores iniciaram o desenvolvimento de projetos-piloto com o objetivo de aumentar as taxas de reciclagem por parte dos consumidores e criar novas soluções para categorias específicas de resíduos.
É neste contexto, que a Algar é parceira do programa com a aquisição de dois projetos. Um da autoria da Startup Danu Robotics da Eslovénia, relaciona-se com um braço robótico que é alimentado por um sistema de inteligência artificial no processo de triagem de embalagens de plástico, num investimento de 75 mil euros.
O segundo projeto, é uma ferramenta de inteligência artificial da startup portuguesa NILG.AI, que incide na geocolocação de ecopontos da Algar na via pública, num investimento de 50 mil euros. "Através de algoritmos que têm alguma componente de inteligência artificial e de uma forma mais rápida com acesso a imagens que lhe damos, o programa seleciona os locais que potencialmente podem ser estar aptos para a colocação dos contentores na via pública, e desse modo, essas informações são mais rapidamente enviadas para os municípios", explicou ao Algarve Primeiro, Miguel Nunes, responsável pela área técnica e inovação da Algar.
A SPV financia 75% do investimento na aquisição dos projetos, que depois de testados, podem ser replicados para uma escala normal. Os dois projetos que a Algar assumiu, vão ser implementados a partir de abril por um período de avaliação de 9 meses.
Miguel Nunes esclareceu que relativamente à separação dos resíduos de plástico, "se no início a operação era feita manualmente, neste momento temos uma forma automática de separação através de sopro. O sistema identifica o plástico e depois sopra em diferentes locais, não tendo a capacidade de perceber que num milhão de embalagens há variações na forma e na cor, mantendo aquele polímetro, obrigando a uma segunda triagem de separação, com a perda de produtividade que isso representa. Com o novo sistema, o braço robótico com inteligência artificial, permite que aprenda com a tarefa e melhore cada vez mais a sua eficácia na separação dos resíduos". Trata-se de uma solução que já está a funcionar na Escócia.